26 Abril 2024, Sexta-feira
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“Acreditamos que ainda é possível atingir os nossos objetivos na Liga 3”

“A equipa foi capaz do oito e do 80 (…). Não podemos errar mais”, avisa Bruno Sousa

 

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O Vitória terminou a primeira volta da série B da Liga 3 na 9.ª posição, com 12 pontos, a sete de distância dos lugares que darão acesso à fase de subida. No Bonfim, ninguém esconde que o desempenho da equipa, que tem como objectivo a subida à 2.ª Liga, está aquém das expectativas. Em declarações a O SETUBALENSE, o director desportivo, Bruno Sousa, confirma a insatisfação pela posição mas mantém acesa a esperança de que é possível inverter a situação.

“Como é óbvio, acreditamos que ainda é possível atingir os nossos objectivos na Liga 3. Claro que não estamos na posição que alguma vez foi pensada. Sabemos que deveríamos ter bastantes mais pontos, mas confiamos que é possível e vamos trabalhar nesse sentido. Temos capacidade para atingir os nossos objectivos e é por eles que vamos lutar”, disse o dirigente, de 38 anos.

Questionado sobre o que tem faltado à equipa e como justifica os resultados, Bruno Sousa confessa não ter uma resposta. “É difícil responder. Gostávamos de perceber. Pensamos que o nosso plantel tem muito mais capacidade do que demonstrou até aqui em determinados jogos. A equipa foi capaz do oito e do 80! Houve jogos em que estivemos muito bem e outros em que estivemos muito mal e os resultados são reflexo disso”.

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O director desportivo alerta para a necessidade dar uma resposta rápida de forma a poderem retomar os êxitos. “Temos de dar rapidamente a volta a isto. Temos feito algumas alterações que pensamos fazerem sentido nesta fase. Na 2.ª volta não podemos facilitar como fizemos em alguns jogos. Temos de fazer muitos mais pontos a partir daqui para chegarmos ao objectivo que queremos”.

Sobre a possibilidade de terem existido falhas no planeamento da época, Bruno Sousa é peremptório. “Não temos dúvidas de que os jogadores têm qualidade para jogar na Liga 3, inclusivamente porque são jogadores que têm sido aliciados por outros clubes da mesma divisão para irem para lá. Além disso, grande parte dos que cá estão vieram de uma divisão superior”, lembrou.

No entanto, o responsável dos vitorianos admite que alguns atletas tenham tido dificuldade em lidar com a pressão de vestir a camisola do clube. “Em termos de capacidade mental, se conseguem aguentar a pressão de jogar num clube como o Vitória, aí talvez possamos ter errado em algumas peças. Faz parte. Em 14 jogadores que contratámos hão-de haver alguns que não consigam encaixar no clube”.

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Bruno Sousa afirma que existem situações que só com o decorrer do tempo se pode avaliar se surtem efeito, não foge às suas responsabilidades. “Há coisas que só nos vamos apercebendo depois de estar aqui. Eu próprio também sou um bocado culpado disso”, diz, nunca colocando em causa a qualidade do plantel. “Quanto a falta de qualidade, tenho a certeza que não existe e os próximos jogos vão ser a prova disso”.

 

“Há posições que temos de reforçar”

 

Apesar da confiança que deposita nos jogadores, Bruno Sousa revelou que novos jogadores vão chegar em breve ao plantel. “Nitidamente há posições específicas que temos de reforçar. Se calhar temos de trazer jogadores com outro carisma, pode ser por aí. Estamos atentos e vamos reforçar-nos com certeza”, disse o director que chegou no início da temporada ao clube oriundo do Marinhense.

Em relação ao treinador Micael Sequeira, que tem sido alvo da contestação dos adeptos, Bruno Sousa considera que todos são responsáveis pelo facto de a equipa não vencer há cinco jornadas. “Quando a equipa não ganha, todos têm culpa. Não acredito que a responsabilidade seja do treinador, dos jogadores ou da direcção em exclusivo. Sabemos que faz parte do futebol atribuir sempre as culpas a alguém”.

E acrescenta: “Agora dizer que o treinador é o culpado, não é verdade. O treinador não tem culpa que aos 90 minutos um jogador sozinho em frente ao guarda-redes não acerte na baliza. Claro que a culpa vai para o treinador e o director desportivo, que são sempre os alvos mais frágeis. Neste momento, continuamos a achar que a culpa não é do treinador, mas no futebol já se sabe que se vive de resultados”.

Depois de ter averbado três derrotas (3-0 com Académica, 3-5 com o Real e 2-1 com o Belenenses) e dois empates (0-0 com Alverca e Amora) nos últimos jogos, o director desportivo deixa um alerta. “Não podemos errar mais. Pensámos que era neste jogo [na jornada anterior com o Amora] que podíamos voltar às vitórias, mas, aos 39 minutos, ficámos reduzidos a 10 jogadores”, lamentou.

Ainda assim, tal como já tinha acontecido na ronda passada no Restelo, com o Belenenses, a equipa esteve por cima no encontro, considerou. “Mesmo a jogar em inferioridade numéricas as oportunidades flagrantes de golo foram todas nossas. Na jornada anterior, com o Belenenses, também tivemos seis ou sete ocasiões de golo e marcámos um, enquanto o adversário fez dois em duas oportunidades”.

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