Ex-sadinos Ricardo Batista, Vasco Fernandes e Rafael Martins regressam ao Bonfim
O Vitória, vencedor de três troféus, vai defrontar, no Estádio do Bonfim, o Casa Pia, da I Liga, nos oitavos-de-final da Taça de Portugal, ditou o sorteio realizado ontem de manhã na Cidade do Futebol, em Oeiras. O duelo dos sadinos, que ocupam actualmente a 8.ª posição da série B da Liga 3, com o 5.º classificado do escalão principal, realiza-se entre os dias 10 e 12 de Janeiro de 2023.
Não será a primeira vez na presente edição da prova que os verdes e brancos vão defrontar um primodivisionário, uma vez que na 3.ª eliminatória já tinham jogado e afastado, em Setúbal, o Paços de Ferreira com um triunfo, por 2-0. Refira-se que para estar entre os 16 finalistas da edição 2022/23 da Taça, o Vitória já tinha também deixado pelo caminho o Vilar de Perdizes (4-0) e o Pêro Pinheiro (1-4), clubes do Campeonato de Portugal.
Além de ter definido as partidas dos oitavos-de-final, o sorteio definiu já qual será o alinhamento dos quartos-de-final e das meias-finais. Caso os vitorianos ultrapassem os casapianos, encontram na ronda seguinte, em Setúbal, o vencedor do duelo entre o Nacional (II Liga) e o Rabo de Peixe (CP), entre os dias 7 e 9 de Fevereiro. Mais adiante, nas meias-finais, cuja primeira mão se joga de 25 a 27 de Abril e segunda mão de 2 a 4 de Maio, os sadinos, caso lá cheguem, enfrentam Sp. Braga, V. Guimarães, Varzim (Liga 3) ou Benfica.
Por já terem envergado no passado a camisola sadina, o embate com o Casa Pia vai ser especial para vários elementos que compõem o plantel lisboeta. O guarda-redes Ricardo Batista, de 35 anos, o defesa-central Vasco Fernandes, 36, que foi durante várias épocas capitão dos verdes e brancos, e o avançado Rafael Martins, de 33, regressam a uma casa que já foi sua.
Será a segunda vez na história que sadinos e gansos vão medir forças na prova rainha, apenas sete anos depois de se terem defrontado na 4.ª eliminatória na época 2015/16. A 22 de Novembro de 2015, a equipa então treinada por Quim Machado foi ao Estádio Pina Manique vencer, por 1-0, a equipa que militava no Campeonato de Portugal. Um golo do sul-coreano Suk, aos 70 minutos, deu o triunfo que valeu a passagem à fase seguinte da Taça.
Director desportivo admite momento “terrível”: “Quem marca três golos não pode perder o jogo”
A derrota caseira (3-5) sofrida domingo com o Real, em partida da 9.ª jornada da série B da Liga 3, está a ser escalpelizada pelos responsáveis sadinos que estão determinados a encontrar as explicações para o sucedido. Bruno Sousa, director desportivo do clube, considera urgente ultrapassar o “momento terrível” que se vive. “Estamos a analisar e a tentar perceber o que está a acontecer e depois decidir o que é melhor para o futuro”.
O dirigente não se coíbe de colocar o dedo na ferida ao reconhecer que o desempenho da equipa tem de ser alterado. “Uma equipa que marca três golos não pode sofrer cinco e perder o jogo”, frisou ao nosso jornal, lembrando que o Vitória vai agora “entrar num ciclo de jogos difícil”, agravado pelo facto de a equipa ter de realizar os próximos dois encontros no Estádio do Bonfim à porta fechada.
Questionado sobre o facto de o treinador Micael Sequeira não ter comparecido na sala de imprensa, após o jogo com o Real, Bruno Sousa explicou que a decisão não partiu do técnico. “Aconselhámo-lo a não ir à sala de imprensa. O jogo foi horrível para todos nós, o momento era difícil e não era ideal para ir à sala de imprensa falar a quente”, disse o director desportivo, escusando-se a tecer mais comentários.
Proposta do Conselho Vitoriano: Sala Fernando Pedrosa para homenagear ex-presidente
Em comunicado, o Conselho Vitoriano, presidido por Eugénio Fonseca, enalteceu Fernando Pedrosa, que, por ter sido presidente do clube, tinha assento naquele órgão consultivo. Com o objectivo de homenagear a memória do antigo presidente, o Conselho Vitoriano decidiu propor à Direcção que a sala de conferências se passe a designar “Sala Fernando Pedrosa” e nela esteja exposta, em lugar bem visível, uma moldura digna com a sua fotografia.
O anterior Conselho Vitoriano foi marcado pela ausência definitiva de um dos seus mais insignes conselheiros e fundador deste órgão que se tem revelado de significativa relevância no apoio às direções do Vitória Futebol Clube. O senhor Fernando Pedrosa foi um exemplar cidadão de Setúbal que, ao longo da sua vida, sempre trouxe o VFC na alma, e a quem se deve a criação deste órgão consultivo, do qual sempre fez parte – quando deixou de exercer funções directivas – com total empenho, colocando sempre os superiores interesses do VFC em primeiro lugar. Mesmo já debilitado, fisicamente, não podendo estar presente nas reuniões, enviava as suas opiniões de acordo com a ordem de trabalhos proposta.
O senhor Fernando Pedrosa foi também um ilustre representante e corajoso defensor dos interesses do nosso Clube a nível nacional e até internacional pelo respeito que granjeava nos órgãos federativos aos quais pertenceu algumas vezes.
Por tudo isto, e por muitíssimo mais que não há palavras escritas ou ditas que possam descrever a dedicação do Senhor Pedrosa ao VFC, o Conselho Vitoriano decidiu propor à Direção que a sala de conferências se passe a designar “Sala Fernando Pedrosa” e nela esteja exposta, em lugar bem visível, uma moldura digna com a sua fotografia. Outras ideias surgiram para imortalizar este distinto sócio, mas dado que as mesmas levariam algum tempo a concretizar, o Conselho decidiu propô-las aos novos Órgãos Sociais que vieram a ser eleitos no início do próximo ano.
Viva o Sr. Fernando Pedrosa!
Viva o Vitória Futebol Clube!
O Presidente do Conselho Vitoriano,
(Eugénio José da Cruz Fonseca)
