16 Abril 2024, Terça-feira
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“É perfeitamente normal a dor, revolta e tristeza dos adeptos”

“As reacções das pessoas só comprova a grandeza do clube”, disse Filipe Moreira

 

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Após a derrota (1-3) sofrida sábado na recepção à Oliveirense, Filipe Moreira, treinador do Vitória FC, comentou na sala de imprensa o desagrado manifestado pelos adeptos no final do jogo, que veio confirmar a má campanha da equipa na série 2 da fase de subida da Liga 3. “Para a história do Vitória e para aquilo a que as pessoas estão habituadas, é perfeitamente normal a dor, a revolta e a tristeza dos adeptos”.

Com um empate e três derrotas nas quatro jornadas disputadas na fase actual, os sadinos seguem cada vez mais sós na cauda da tabela, já muito longe dos dois primeiros classificados (Oliveirense e U. Leiria).

Esse facto aliado ao fraco desempenho na última partida realizada em Setúbal ajuda a explicar as vaias que o plantel liderado por Filipe Moreira recebeu. “As reacções das pessoas só comprova a grandeza do clube”.

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O treinador assegura não ficar indiferente ao momento actual. “Não estou aqui há 15 dias, estou aqui há dois meses a fazer uma pré-época em competição e sinto a mesma tristeza. Durante um ano não houve estabilidade na equipa por vários motivos”.

“Respeitar a história do Vitória é eu estar aqui (na sala de imprensa) quando não me apetecia. Estou ferido, a dor que tenho não é a mesma das pessoas que são da cidade e vivem o clube, mas é uma dor de alguém que é profissional e não gosta de perder”.

O técnico, de 57 anos, que compareceu na sala de imprensa acompanhado pelos seus adjuntos, começou por dizer no rescaldo do encontro com o conjunto de Oliveira de Azeméis, que o nível desta etapa da competição é superior à transacta. “Estamos na fase final da Liga 3 e o nível disparou para patamares de rendimento dos nossos adversário mais elevados do que na fase de grupos”.

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Filipe Moreira saiu também em defesa dos seus pupilos. “Ninguém pode pôr em causa o carácter dos jogadores do Vitória. Nos anos de experiência que tenho, sinto que os jogadores, no processo de treino e dentro do campo, tentam sempre dar o seu melhor. Senti isso da parte de todos desde o primeiro dia que aqui cheguei. Não há os que dão e não dão, todos se envolvem no processo respeitando a história deste emblema”.

Os golos que o oponente alcançou – ao intervalo já vencia por 2-0 – afectaram a equipa, admite. “Por vezes, não se consegue mostrar superioridade perante o adversário que teve um nível de eficiência altíssimo quando comparado com o nosso. Andámos sempre atrás do prejuízo, mas não conseguimos fazer o golo, ao contrário do adversário que o fez três vezes antes de nós. Isso acabou praticamente com a estabilidade emocional que a equipa poderia ter”.

Na hora de explicar o desnível verificado no duelo de sábado, Filipe Moreira destaca a qualidade e eficácia do adversário. “Há que dar os parabéns à melhor equipa no campo da eficiência e respeitar os nossos jogadores, que andaram sempre atrás do prejuízo, tanto no início do jogo como na segunda parte”.

“Isto não é playstation

Sobre as razões de o Vitória somar um empate em quatro jogos e de estar muito aquém do esperado, o treinador é peremptório. “Isto não é ‘playstation’ em que se chega aqui e faz um milagre hoje e outro amanhã. Há várias realidades e não é numa conferência de imprensa que as vou expor. A realidade é que fizemos um ponto em 12 possíveis”.

“Não há nenhuma equipa que tenha feito os 12. Uma tem oito e a outra, sete. Há um equilíbrio. Nos nossos jogos com Braga B e U. Leiria, o resultado podia ser favorável a qualquer equipa. A excepção foi a Oliveirense, que foi melhor do que nós nos dois jogos”.

E acrescenta: “A história obriga-nos a ser melhores, mas também gostava de ter muita coisa que não tenho. Era muito giro. Respeito o sentimento das pessoas, as bocas e a dor porque estamos a falar de um grande clube”.

“Alguns podem pensar que estou aqui a dizer umas coisas giras. Não vivo das redes sociais nem das opiniões que aí são dadas. Vivo da minha profissão, dos meus conceitos, do respeito que tenho pela minha estrutura, pelo meu trabalho, pelo clube, sócios, adeptos e claques. O resto, para mim, é ‘peaners’, como diz o outro.

Questionado sobre a forma vai o Vitória vai encarar as duas jornadas que restam, a começar pelo embate de sábado (19:30 horas) no reduto do Braga B, Filipe Moreira deixou uma garantia. “Até ao fim há um Vitória que vai ter de estar presente. É sempre bom sairmos todos de cabeça erguida, respeitando o passado, o presente e que o futuro nunca possa ser beliscado por ninguém”.

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