28 Março 2024, Quinta-feira
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“Hoje sou treinador do Vitória porque as pessoas do Hospital de São Bernardo salvaram-me a vida”

António Pereira sobreviveu à Covid-19 e emociona-se na sua apresentação no Bonfim

“Um dia gostava de conhecer quem tão bem tratou de mim”, disse o técnico de 64 anos.

 

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A apresentação oficial de António Pereira como treinador do Vitória Futebol Clube ficou marcada pela emoção do técnico, de 64 anos, que fez uma sentida homenagem aos profissionais de saúde do Hospital de São Bernardo que foram determinantes na sua sobrevivência à Covid-19 no início do ano. “Com um orgulho enorme, hoje sou treinador do Vitória porque as pessoas do Hospital São Bernardo salvaram-me a vida”.

Anteontem, durante a sua apresentação na sala de imprensa do Estádio do Bonfim, o timoneiro dos sadinos lembrou o período em que esteve à beira da morte. “Queria agradecer ao Hospital de São Bernardo. Estive internado nos cuidados intensivos e estive duas vezes mais para lá do que para cá. Já o disse várias vezes, mas, por estar nesta terra, tenho de o dizer mais uma vez: agradeço a todos os médicos que me salvaram a vida, aos enfermeiros e ao pessoal auxiliar”.

O timoneiro dos sadinos revelou que tem o desejo de demonstrar pessoalmente a sua gratidão a cada um dos elementos que cuidaram de si. “Um dia gostava de conhecer quem tão bem tratou de mim. Obrigado a todas as pessoas do hospital”, disse, fazendo questão de mencionar alguns nomes. “Dr. Guilherme e Dra. Rosinha, que estiveram comigo nos cuidados intensivos, a Dra. Margarida que esteve depois nos cuidados intermédios e uma senhora, a dona Fátima, que me tratou todos os dias como se estivesse a tratar de um pai”.

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Nos quase 20 minutos em que falou à comunicação social na quarta-feira à tarde, António Pereira, que acumula mais de 30 anos de trabalho nos escalões secundários, alertou para a dureza que espera encontrar na Liga 3. “Esta Liga 3, que tem 11 equipas, vai ser muitíssimo difícil. Neste momento ninguém está capaz de dizer que uma equipa é melhor que outra e que determinado clube é mais candidato que outro à subida. Vamos todos lutar para que se suba de divisão e vai ser uma luta enorme”, vaticina.

 

“O dia em que não ganhar já sei qual é o meu caminho”

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Questionado sobre a duração do contrato, o novo homem do leme dos vitorianos, conhecido pela sua frontalidade, respondeu sem rodeios aos jornalistas presentes na sala de imprensa. “Os contratos são até eu ganhar. O dia em que não o fizer já sei qual é o meu caminho. Todos os treinadores sabem que isso é verdade, não há nada a esconder. Não ganhando o treinador será sempre a primeira vítima. A duração do contrato pode ser um mês ou 10 anos”.

Dada a exigência da temporada que se avizinha, António Pereira salientou a necessidade de as pessoas serem pacientes. “As pessoas têm de ter a paciência necessária porque isto não se faz de um dia para o outro. Não venho para aqui dizer que sou o melhor e vou fazer isto ou aquilo. Vou tentar fazer o melhor pelo Vitória e tentar ganhar mais do que os jogos que não ganho. No fim, se lá chegar, vamos fazer as contas”.

Em relação a 2020/21, época em que considera ter sido feito um bom trabalho na equipa liderada pelo seu antecessor Alexandre Santana, o técnico escusa-se a evitar comparações. “Não acompanhei tudo, mas quando era possível via na televisão os jogos do Vitória. O trabalho realizado foi bem feito. Não há comparação possível entre o ano passado e este porque este sou eu e tenho a minha forma de jogar. Garanto que vão ver ver um Vitória que quer ganhar, infelizmente não vai consegui-lo sempre, mas vai ganhar mais vezes, claramente”.

Sobre as novidades que pretende introduzir na equipa em comparação com a época transacta, o treinador é peremptório. “Não sou daqueles que chega e diz que ‘eu é que sei e que está tudo mal’. Vou colocar a minha forma de jogar neste campeonato. Vou tentar arranjar jogadores para isso. Vão ver determinação e garra. Temos que correr sempre mais que o adversário. Se isso acontecer, vamos ser mais vezes felizes”.

António Pereira considera que a nova competição tem os ingredientes necessários para ser um sucesso. “Ainda bem que esta divisão foi criada porque as condições serão outras, por exemplo já não se vai jogar em sintéticos. As equipas estarão muito mais preparadas para quando subirem de divisão. Vão estar mais próximas das exigências de uma II Liga. A Federação Portuguesa de Futebol teve uma brilhante ideia ao criar este campeonato que será muito competitivo”.

 

‘Oficina’ do Bonfim abre portas segunda-feira

Depois do plantel do Vitória ter realizado nos últimos dias os habituais exames médicos e as provas de esforço, que se prolongam por hoje, o primeiro dia de trabalho no relvado do Estádio do Bonfim está agendado para segunda-feira, às 9:30 horas, revelou o treinador António Pereira. Os primeiros dias de trabalho serão dedicados à componente física e servirão para o treinador conhecer os atletas de que dispõe e vice-versa.

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