23 Abril 2024, Terça-feira
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Galos estragaram noite de São Valentim no Bonfim

Equipa de Julio Velázquez deu uma hora de avanço ao adversário (golos de Lourency e Sandro Lima, aos 43 e 61 minutos, respectivamente). Quando ‘acordou’ já não foi a tempo de chegar à igualdade

 

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Alguns namorados que trocaram um jantar romântico no Dia de São Valentim por uma ida ao Bonfim para assistir ao jogo entre o Vitória FC e o Gil Vicente ainda devem estar arrependidos do plano que escolheram. É que além da derrota por 2-1, que confirmou o mau momento dos sadinos no seu estádio (terceira derrota consecutiva), a exibição da equipa nos primeiros 45 minutos foi confrangedora, tal foi a falta de ideias evidenciada.

Lourency e Sandro Lima, aos 43 e 61 minutos, respectivamente, foram os autores dos golos que permitiram ao clube de Barcelos regressar a casa com os três pontos. O capitão José Semedo, aos 67 minutos, ainda reduziu para os sadinos, que não conseguiram evitar a derrota na partida 21.ª jornada da I Liga de futebol. Com o triunfo em Setúbal, os galos alcançaram o Vitória na classificação, ambos somam agora 26 pontos.

Em relação à jornada anterior com o Moreirense (1-1), os setubalenses apresentaram o estreante Montiel (médio espanhol, de 19 anos, cedido pela Fiorentina) e Carlinhos como novidades no onze, enquanto os gilistas, em comparação com o duelo em Braga (empate 2-2), promoveram os regressos de Alex Pinto, Baraye, Lourency e Kraev.

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Numa primeira parte de muita luta mas com poucos motivos de interesse, o Vitória levou perigo à baliza do Gil Vicente aos quatro minutos, momento em o reforço de Janeiro Montiel – apesar da compreensível falta de entrosamento foi, a par do capitão José Semedo, o melhor elemento dos sadinos – quase surpreendia o guarda-redes Denis na cobrança de um canto directo.

Com um bom preenchimento dos espaços e pressão imediata sobre o adversário com bola, o Gil Vicente, que dificultou muito as saídas dos sadinos para o ataque, respondeu aos 14 minutos quando Kraev apontou um canto na direita e Ygor Nogueira cabeceou à figura do guarda-redes Makaridze.

Com dificuldades em libertar-se da ‘teia’ construída pela equipa de Vítor Oliveira, o conjunto setubalense só a escassos se acercou da baliza defendida por Denis. Num desses raros lances, aos 39 minutos, o espanhol Montiel rematou à entrada da área sobre a trave da baliza adversária.

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Mais eficaz, o Gil Vicente chegou ao 1-0 por Lourency, aos 43 minutos. Após canto de Henrique Gomes na esquerda, a bola foi desviada pelos gilistas Kraev e Ygor Nogueira no interior da área antes da finalização do avançado brasileiro, que pôs a sua equipa em vantagem no marcador. A equipa de Julio Velázquez ficou mal na fotografia no lance, que veio confirmar a má primeira parte da equipa.

Após o intervalo, o Vitória visou, sem sucesso, a baliza de Denis em remates de Montiel e Éber Bessa, aos 47 e 53 minutos, respectivamente. Mais acutilante nas incursões ofensivas, o Gil Vicente ampliou a vantagem para 2-0, aos 61, num remate forte e colocado de Sandro Lima de fora da área.

O Vitória não se deu por vencido e, aos 67 minutos, respondeu num livre de Éber Bessa que foi desviado de cabeça por José Semedo para a baliza defendida por Denis, que não conseguiu evitar o 1-2 da equipa treinada por Julio Velázquez. Daí ate ao final a equipa acreditou que era possível chegar à igualdade. Apesar da crença e das oportunidades que Artur Jorge e Sílvio dispuseram, os adeptos não voltaram a festejar um golo na noite de São Valentim.

Refira-se que o Vitória actuou de início, numa partida que teve Gustavo Correia (AF Porto) como árbitro, com Makaridze, Sílvio, Artur Jorge, Jubal (Ghilas, 67), Nuno Pinto, José Semedo, Carlinhos (Zequinha, 62), Éber Bessa, Montiel, Guedes e Mansilla (Berto, 77). Lucas Paes, Mano, Leandrinho e Leandro Vilela foram os suplentes não utilizados por Julio Velázquez.

Julio Velázquez : «O normal seria o jogo terminar empatado»

“Não estivemos bem na primeira parte. Foi muito fraca a nível global. Com bola tivemos sequências de passe muito lentas e faltou-nos olhar mais a baliza adversária. Entrámos melhor na segunda parte, fomos mais agressivos com bola e tivemos mais compactos no meio campo adversário. Depois do segundo golo deles, a nossa reação foi muito boa. Tivemos diferentes situações para marcar. O normal seria o jogo terminar empatado.
Fico chateado. Não gostei nada das interrupções na segunda parte. É mau para o futebol e para os adeptos, houve muito anti jogo e era impossível ter continuidade com bola. Cada pontapé de baliza demorava um minuto e 30. Não digo que foi por isso que perdemos. É futebol e temos de continuar. Vamos procurar fazer uma boa recuperação.”

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