1 Julho 2024, Segunda-feira

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Sadoport diz que empresas clientes ponderaram deixar Porto de Setúbal em definitivo  

Sadoport diz que empresas clientes ponderaram deixar Porto de Setúbal em definitivo  

Sadoport diz que empresas clientes ponderaram deixar Porto de Setúbal em definitivo  

Administrador admite que o conflito entre patrões e sindicato pôs em risco a Autoeuropa e também a Navigator

Um dos administradores da Sadoport, dona de 60% da Operestiva, disse esta terça-feira que as empresas que escalam no Porto de Setúbal não gostaram do conflito laboral que opôs patrões e sindicato, chegando a ponderar não utilizar mais a infra-estrutura.

“As evidências não se podem negar. O que está mal tem de ser corrigido, mas está mal de ambas as partes […]. Uma das partes pôs em risco a própria indústria, não só a Autoeuropa, mas também a Navigator. As empresas não gostaram do que aconteceu aqui”, disse Ignacio Rodríguez López, durante uma audiência parlamentar na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

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O administrador da Sadoport vincou ainda que, “sem navios, não há emprego para ninguém”, apelando para a honestidade no que se refere à atribuição de culpas.

“Não vai ser fácil voltar a construir isto tudo. Concordo perfeitamente com [a necessidade dos estivadores] terem um bom trabalho e condições dignas, mas agora onde estão os navios?”, sublinhou.

Em resposta aos deputados, Ignacio Rodríguez López notou também que é necessário “encontrar soluções reais para os problemas e não apenas para os pequenos detalhes”.

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Por sua vez, o gerente da Operestiva, empresa de trabalho portuário de Setúbal, explicou que existem três principais empresas que representam cerca de 70% da carga da Sadoport e que ponderaram não voltar a trabalhar com o Porto de Setúbal.

“Neste momento, temos dois que vão voltar e, se o terceiro não voltar, temos um problema em mãos”, anunciou.

Em 14 de Dezembro, o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) e os operadores portuários assinaram um acordo, no Ministério do Mar, que prevê a passagem imediata a efetivos de 56 trabalhadores precários (mais 10 a 37 numa segunda fase, com a assinatura do contrato coletivo de trabalho até ao final de Fevereiro) e o levantamento de todas as formas de luta, incluindo a greve ao trabalho extraordinário no Porto de Setúbal.

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O acordo colocou termo a um conflito com os estivadores precários de Setúbal que recusavam apresentar-se ao trabalho desde o dia 05 de Novembro e garante também a prioridade na atribuição de trabalho aos actuais trabalhadores eventuais que não sejam integrados nos quadros dos operadores portuários, face a outros que ainda não estejam a laborar no Porto de Setúbal.

Lusa

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