Coro Setúbal Voz em conceito inédito

Coro Setúbal Voz em conceito inédito

Coro Setúbal Voz em conceito inédito

Três concertos em sessão contínua fizeram magia entre a inovação e a arte num salão nobre quase misterioso

 

O Salão Nobre da Associação de Socorros Mútuos Setubalense, um espaço dos inícios do Séc. XX, recebeu no passado fim-de-semana o Coro Setúbal Voz em três concertos, todos na mesma noite, orientados pelo maestro Jorge Salgueiro que, desde a sua entrada para a direcção artística do coro o fez evoluir para a sistematização de uma determinada tipologia de linguagem artística.

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Considerado pelos próprios elementos do coral como “um conceito diferente”, esta actuação evoluiu entre o canto e o jogo de luzes que coloriam os vestidos brancos das mulheres.

A pouco e pouco surgiram duas personagens diferentes, a actriz Mónica Garnel e o próprio maestro Jorge Salgueiro, também ele com um vestido de noiva. Uma imagem forte e subversiva, desconstruindo a imagem pesada e conservadora do maestro e integrando-o no discurso dramatúrgico do espectáculo.

A primeira peça, talvez a mais surpreendente de todo o concerto “Speechless”, com o coro em silêncio apenas se ouvia o piano de João Malha e o violoncelo de Marco Madeira. A entrada dos homens e a interpretação de “Ritual de Iniciação ao Amor” funcionaram como que o momento de aquisição da capacidade de expressão, a partir do qual o coro desenvolveu todo o concerto.

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De destacar ainda três peças marcantes no concerto encenado: “Ridículas!” de João Malha a dar sentido às cerca de 4 mil cartas de amor espalhadas pela sala, uma peça em que o coro produzia sons a partida da mastigação de maças (numa representação provocatória do acto sexual) e a peça final “Ah! Minha Dinamene!” em que a actriz parecia representar a morte do Amor”.

 

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