Orçamento chumbado pela primeira vez em 44 anos

Orçamento chumbado pela primeira vez em 44 anos

Orçamento chumbado pela primeira vez em 44 anos

PCP votou sozinho a favor

 

O orçamento para 2019 da Câmara do Seixal foi reprovado em assembleia municipal pela primeira vez em 44 anos de liderança comunista.

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O Orçamento Municipal foi chumbado, na quinta-feira, com os votos contra do PS, PSD, PAN, CDS-PP e do presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, Carlos Reis (independente). O PCP foi o único partido a votar a favor deste documento, enquanto o Bloco de Esquerda absteve-se. A Assembleia Municipal é constituída por 13 deputados comunistas, 11 socialistas, quatro social-democratas, três bloquistas, um eleito pelo PAN, um pelo CDS-PP e quatro presidentes das juntas de freguesia do concelho.

“O presidente da câmara não procurou suficientemente os consensos necessários. De facto, a CDU teve durante 44 anos a maioria absoluta, mas agora isso passou e a forma de atuar tem que ser alterada, o que ainda não foi percecionado pelo PCP”, afirmou Samuel Cruz (PS) que acusou também o executivo de “não mostrar qualquer abertura às propostas da oposição”.

 

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Em 25 de outubro, o município do Seixal aprovou, em reunião de câmara, um orçamento de 89 milhões de euros para o próximo ano, o que incluía um grande investimento na educação, com ampliação e requalificação de duas escolas, a renovação das redes de abastecimento de água e a construção de várias infraestruturas, como uma piscina municipal e um canil/gatil.

 

Joaquim Santos diz que maioria negativa prejudica concelho

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O presidente da Câmara diz que o chumbo do Orçamento prejudica o desenvolvimento do concelho, mas garante que vai continuar o seu trabalho. “Esta aliança negativa, ao inviabilizar o aumento de 2,5 milhões de euros inscritos no orçamento de 2019, não só coloca constrangimentos a diversos investimentos, mas também nos salários e valorizações remuneratórias e contratação de novos trabalhadores, que com este voto contra ficam comprometidos”, referiu Joaquim Santos (CDU), em comunicado.

No documento, a autarquia frisou que, apesar dos “constrangimentos e dificuldades criadas pela aliança negativa”, vai continuar a consolidar o desenvolvimento económico e social do concelho.

Lusa

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