O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, afirmou hoje, 13, que nas próximas semanas vão surgir novidades sobre o novo aeroporto complementar à Portela, referindo que a base aérea no Montijo foi estudada de forma particular.
“Ao longo do último ano tenho dito que estivemos a analisar as várias condições e pistas complementares que existem na região de Lisboa, mas, particularmente, esteve a ser a analisada a possibilidade da utilização da pista complementar aqui no Montijo”, disse o ministro, que esteve no Montijo para o lançamento de uma obra na Estrada Nacional 4.
Pedro Marques garantiu que os trabalhos técnicos estão avançados e que em breve vai ser anunciada a decisão do governo.
“A minha expectativa, uma vez que temos os trabalhos técnicos muito avançados, é que nas próximas semanas possamos dizer ao País de forma clara quais irão ser os próximos passos e opções. Temos o trabalho adiantado, temos as condições que não tínhamos há um ano atrás para tomar decisões”, defendeu.
O ministro salientou que a Base Aérea Nº6, no Montijo, foi estudada de forma particular para acolher um aeroporto complementar à Portela, que deverá receber os voos ‘low-cost’.
“Fomos estudando de forma mais intensa a situação desta pista da Base Aérea Nº6 do Montijo e da sua utilização como pista complementar ao aeroporto de Lisboa e nas próximas semanas teremos novidades”, salientou.
Montijo disponível para receber aeroporto complementar
O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta (PS), afirmou que o concelho está disponível para receber a infra-estrutura.
“A decisão tem que ser consistente e capaz de alavancar o País. Estamos dispostos a assumir estes encargos com a nova infraestrutura aeroportuária, quer seja com a antiga solução no Campo de Tiro de Alcochete ou na Base Aérea Nº 6. O Montijo está disponível para receber esta infra-estrutura”, afirmou.
Nuno Canta referiu que um aeroporto complementar no Montijo vai servir para equilibrar o desenvolvimento económico entre as duas margens do Tejo, bem como para o aumento da capacidade de resposta do aeroporto de Lisboa.
“Sabemos que vai trazer alguns problemas, como a nível ambiental ou de trânsito, mas o Montijo está disponível para esse desafio”, concluiu.