Tantas vezes são divulgados rankings, notícias e estatísticas sobre as melhores cidades para se viver, as cidades com melhor qualidade de vida. Mas o que é efectivamente qualidade de vida? Não há uma resposta certa. Todos somos diferentes, todos procuramos diferentes formas de realização pessoal, familiar, profissional, o que seja.
Para muitos, qualidade de vida será estar próximo dos grandes eventos ou ter grandes superfícies comerciais ao lado de casa mas para tantos outros a qualidade de vida poderá simplesmente medir-se com a vista para o mar.
Cada pessoa procura aquilo que a realiza mais. Seja um emprego de sonho, uma casa com um pequeno quintal ou a família a dois passos de casa. A grande agitação urbana, mesmo que próxima de todas as outras necessidades, poderá ser um entrave à felicidade de uma pessoa. Ou, por outro lado, uma vida tranquila, no campo ou junto à praia, pode ser o tédio para outra.
Acredito, no entanto, que será praticamente unânime a importância que é viver num sítio seguro, com acessibilidades razoáveis, com rápido acesso a cuidados de saúde e, no caso de quem tem filhos, próximo de escolas. Fundamentalmente, as necessidades básicas de qualquer cidadão.
Mas o básico não é suficiente. Todos ambicionamos mais, uma casa que sentimos como lar, um trabalho próximo e que nos realize, espaços verdes e de lazer próximos, seguros e cuidados e onde possamos, todos os dias, descobrir mais e fazer o que mais gostamos.
No fundo, qualidade de vida será, para mim e para qualquer pessoa, estar onde somos felizes. Onde não queremos estar só para dormir ou trabalhar. E onde queremos que os nossos (futuros) filhos sejam felizes.