8 Maio 2024, Quarta-feira

proTEJO arrasa Estudo de Impacto Ambiental do aeroporto no Montijo

proTEJO arrasa Estudo de Impacto Ambiental do aeroporto no Montijo

proTEJO arrasa Estudo de Impacto Ambiental do aeroporto no Montijo

O proTEJO – Movimento pelo Tejo propôs o ‘chumbo’ do Estudo de Impacto Ambiental do aeroporto no Montijo por apresentar “impactos negativos significativos” e questiona se o projecto “será viável em termos de operacionalidade e segurança”. Ao mesmo tempo propõe que seja incluída a “ferrovia como alternativa parcial ao transporte aéreo”.

Num comunicado a que a agência Lusa teve acesso, aquele movimento ambientalista, com sede em Vila Nova da Barquinha, Santarém, propõe que “seja emitida uma Declaração de Impacto Ambiental desfavorável” por o respectivo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) estar “em desconformidade com os normativos legais nacionais, comunitários e internacionais”.

Segundo o movimento, o EIA “não estudou todas as alternativas complementares e/ou substitutivas ao actual aeroporto de Lisboa (…) que tenham em conta diferentes cenários de procura e o menor impacte ambiental possível”.

Esta postura “é contrária ao cumprimento das Directivas Europeias, Convenções Ratificadas pelo Estado Português e à estratégia nacional de neutralidade carbónica, enquanto compromissos nacionais intergeracionais”, lê-se no comunicado.

Nesse sentido, sublinha o proTEJO, além dos “impactos ambientais negativos sobre os ecossistemas estuarinos, às perturbações na avifauna e consequentemente ao risco para as aeronaves”, o projecto “apresenta uma listagem tão elevada de impactos negativos significativos, em praticamente todos os sectores avaliados, que não só levam a considerar o EIA como não conforme como colocam a questão se a própria ideia de um projecto deste tipo na BA6 do Montijo será viável em termos de operacionalidade e segurança, e se será legal, por violar um conjunto vasto de legislação nacional e europeia em diversas áreas”.

Por isso, defende a realização de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) “que considere os impactos ambientais e as externalidades negativas, nomeadamente, quanto à saúde humana e à conservação da biodiversidade”.

O movimento propõe ainda que sejam avaliados os “cenários possíveis das localizações alternativas em articulação com o aeroporto Humberto Delgado em Lisboa e, ou, a sua eventual deslocalização”.

Outro dos motivos do pedido para a realização de AAE passa por perceber se existem outras possibilidades de desenvolvimento do transporte aéreo e de mobilidade, incluindo a “ferrovia como alternativa parcial ao transporte aéreo”.

Segundo o ‘site’ da Agência Portuguesa do Ambiente, a Avaliação Ambiental Estratégica requer a preparação de um relatório ambiental com os efeitos significativos sobre o ambiente e as alternativas identificadas e a realização de consultas a autoridades ambientais, público e eventualmente outros Estados-membro.

Requer também que o relatório ambiental e os resultados das consultas sejam tidos em consideração antes da aprovação de um programa, que depois da aprovação desse plano a informação relevante seja disponibilizada aos interessados e que “os eventuais efeitos significativos da execução do plano sejam controlados e corrigidos”.

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