Em 2014, seis artistas foram convidados a observar e a intervir sobre o espaço da Baía do Tejo, no Barreiro, de onde surgiu a residência artística “Da Fábrica que desvanece à Baía do Tejo”, desenhada pela Casinfância, uma entidade cultural sem fins lucrativos, que dá agora origem a um livro, que será lançado este sábado, no Museu Industrial, pelas 17h00.
“Este projecto começou por ser uma residência artística que dava a conhecer um território completamente desconhecido do público, mas que se afirmava capaz de despertar o interesse de diversos artistas de diferentes disciplinas que encontraram nesta plataforma industrial, que nos acompanha desde o início do século XX, um universo com grande potencial para ser explorado sob diversas perspectivas”, começa por explicar a Baía do Tejo.
Na altura, respondendo ao desafio da Casinfância, seis artistas de referência interpretaram e “deram forma aos sentimentos e emoções” que o território e as suas vivências no mesmo lhes provocaram, numa iniciativa então acolhida pela antiga Companhia União Fabril (CUF) e pela Fundação Calouste Gulbenkian.
“O propósito de abertura do território à comunidade e ao olhar diferente dos artistas que sobre ele se detiveram foi a génese e a semente daquilo que responde à orientação para a criação e consolidação do cluster criativo que a Baía do Tejo afirma cada vez mais como forma de diversificação da atracção das fontes de investimento e do perfil das empresas sediadas nos Parques Empresariais Baía do Tejo”, salienta a empresa.
Sob a curadoria de Cláudia Ramos, António Bolota, Dalila Gonçalves, Martinha Maia, Ricardo Jacinto, Valter Ventura e o colectivo Projecto Teatral foram os nomes que integraram a residência, os mesmos que “através dos seus trabalhos de escultura, desenho, fotografia e instalação sonora evidenciaram as especificidades de um território singular que marca a história da Indústria Nacional”.
O lançamento da “Da Fábrica que desvanece à Baía do Tejo” volta assim a reunir estes artistas e intérpretes.
“Esta publicação é o último capítulo deste projecto, que não só assume a missão de documentar aquilo que foi a instalação compósita na Baía do Tejo, como potencia o encontro entre artistas e autores, resultando em mais um espaço de discurso”, conclui fonte da Baía do Tejo ao DIÁRIO DA REGIÃO.