Presidente da Câmara de Alcochete festejou a data no Fórum Cultural, onde se realizou uma sessão solene promovida pela Assembleia Municipal
A “construção da liberdade e da democracia” em Portugal comemorou no passado domingo 47 anos, dia que o concelho de Alcochete festejou no Fórum Cultural alcochetano, com a realização de uma sessão solene promovida pela Assembleia Municipal.
Nas palavras do presidente da Câmara de Alcochete, Fernando Pinto, o 25 de Abril “valeu a pena os sacrifícios, as lutas, os murros derrubados e o cheiro a cravos pelas ruas do País, gritando em uníssono: viva a liberdade”, referiu o município em comunicado.
“Assinalamos 47 anos da construção da liberdade e da democracia que, na noite de 24 para 25 de Abril de 1974 através dos capitães sem medo, a quem prestamos homenagem num inequívoco sinal de respeito e gratidão, marcariam para todo o sempre uma data que figurará nos anais da nossa história”, acrescentou o autarca.
Em seguida, fez questão de deixar “uma palavra de gratidão aos trabalhadores da autarquia”, “à corporação de bombeiros” e “muito particularmente às instituições particulares de solidariedade social, ao Serviço Nacional de Saúde e a todos” os que contribuíram “para ultrapassar com a celeridade possível este túnel escuro [pandemia] que o mundo atravessa desde Março de 2020”.
Fazendo referência aos projectos desenvolvidos no concelho, Fernando Pinto sublinhou que “as conquistas de Abril estão implicitamente plasmadas nas políticas de proximidade e na concretização de medidas consideradas importantes para o seu desenvolvimento”.
Na sessão solene intervieram igualmente “os representantes dos partidos políticos com assento na assembleia: Ana Luísa Lourenço (CDU), Diogo Mourão (PS), Patrícia Figueira (CDS-PP) e Francisco Gomes da Silva (PSD)”.
Já Mário Catalão Boieiro, presidente da Assembleia Municipal de Alcochete, explicou que também Maria João Rodelo, em representação da sociedade civil, e João Miguel Filipe, em representação dos jovens do concelho, iriam usar da palavra, decisão que tomou no início do seu mandato.
No seu discurso, disse ser necessário “apostar nas camadas mais jovens, para que gradualmente promovam a alteração do que está menos correcto aos olhos do povo”. No que diz respeito à covid-19, Mário Catalão Boieiro destacou ser importante “o reforço dos apoios às pessoas afectadas nos seus rendimentos, “porque uma democracia consolidada mede-se na forma como trata os seus elementos mais desfavorecidos”.
Por último, defendeu que “o uso da liberdade deve ser feito no respeito pelo outro” e deixou um apelo aos jovens, para que “não desperdicem tempo com o supérfluo e residual”. “No dia em que nos respeitarmos mutuamente, teremos atingido a maturidade política, democrática e respeito pelo próximo, valores basilares de convivência em democracia”, concluiu.
A sessão solene terminou com a actuação de Daniela Soares, na voz, e de Sara Labrincha, ao piano, na qual interpretaram os três temas “Solta-se o Beijo”, da Ala dos Namorados, “Pica do 7”, de António Zambujo, e “O teu Poema”, de José Luís Tinoco.
Juntas de Freguesias também assinalaram Revolução dos Cravos
Também as juntas de freguesia do concelho de Alcochete organizaram iniciativas para assinalar os 47 anos da Revolução dos Cravos. A Junta de Freguesia de Alcochete marcou presença na vila, no Passil, no Terroal, no Pinhal do Concelho e na Fonte de Senhora, onde ofereceu cravos à população.
A Junta de Freguesia do Samouco, por sua vez, preparou “uma programação destinada a miúdos e graúdos”, com o lançamento de um passatempo, dirigido a crianças até aos 14 anos, que consistiu na produção de um desenho representativo do 25 de Abril. Percorreu, também, as ruas da vila, com “Bibe e os Virtual Tejo”.
O executivo da Junta de São Francisco assinalou a data com a publicação de um vídeo comemorativo na sua página de Facebook.
