Concerto, ópera e baile do Setúbal Voz enchem Club Setubalense

Concerto, ópera e baile do Setúbal Voz enchem Club Setubalense

Concerto, ópera e baile do Setúbal Voz enchem Club Setubalense

JORGE SALGUEIRO. Maestro dirige o Coro Setúbal Voz desde Outubro de 2017|DJ. Pedro Monchique teve uma participação especial com o projeto Baile Chique|ÓPERA. Estreia da ópera "Faz-me um Vibrato!" foi um dos pontos altos|DRAMATURGIA. Concerto-espetáculo teve música

Mais de uma centena de pessoas assistiu à estreia mundial da ópera Faz-me um Vibrato! Uma ópera bué de fixe para um coro contemporâneo, do músico Vítor Rua, num concerto-espectáculo inspirado no século XIX, com o Coro Setúbal Voz e o DJ Pedro Monchique, na sexta-feira à noite

 

O concerto, ópera e baile apresentados pelo Coro Setúbal Voz sob a direcção artística de Jorge Salgueiro e com a participação especial do DJ Pedro Monchique atraíram mais de uma centena de pessoas ao salão nobre do Club Setubalense, sexta-feira à noite, naquilo que Rui Águas, presidente da Direcção da instituição, considerou um evento de “grande sucesso” e que “ultrapassou todas as expectativas”.

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O concerto, em que 50 coralistas interpretaram nove peças de autores portugueses e estrangeiros, ficou marcado pela estreia mundial da ópera Faz-me um Vibrato! Uma ópera bué de fixe para um coro contemporâneo, composta pelo músico Vítor Rua especificamente para a ocasião, a pedido de Jorge Salgueiro. “Foi fabuloso ver um coro que nasceu há tão pouco tempo fazer música contemporânea do mais alto nível, tocar os compositores mais importantes da actualidade, peças iconográficas da história do século XX e XXI”, comentou o músico.

“Os coralistas têm de ser actores e performers, como aliás a música contemporânea exige”, notou ainda Vítor Rua, num claro elogio a todo o trabalho dos coralistas, solistas, pianista e técnicos de som e luz que deram vida à “peça humorística” que satiriza o próprio conceito que se tem de ópera, e que arrancou sorrisos e gargalhadas ao público. A peça deverá ser interpretada pelo Setúbal Voz noutros espectáculos, mas aquele que se realizou sexta-feira à noite no Club Setubalense não vai repetir-se.

A dramaturgia do concerto-espectáculo foi inspirada nos “relatos de bailes requintados” que aconteceram no Club Setubalense no século XIX. “Cada concerto terá as características que o local nos inspirar do ponto de vista acústico, histórico e estético”, explicou Jorge Salgueiro, que assume a direcção artística do coro desde Outubro de 2017. Um dos objectivos do Setúbal Voz é estrear sempre uma obra em cada apresentação, mantendo uma série de peças iniciais comuns a toda a temporada.

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A participação do DJ Pedro Monchique com o projecto Baile Chique (ver caixa abaixo), enquadrado no final do concerto do Setúbal Voz, foi outro dos pontos altos da noite e colocou o público a dançar. “Propuseram-me o desafio de apresentar música de baile do século XIX a seguir ao concerto. Peças de Vivaldi, Mozart, Schubert e Bach, o que para um DJ não é nada usual. O convite do Setúbal Voz foi a cereja no topo do bolo”, contou ao DIÁRIO DA REGIÃO.

No final teve lugar um momento de convívio entre todos os coralistas do Setúbal Voz e o público. O evento contou com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, da Junta de Freguesia de São Sebastião, da Secil e do Jumbo.

 

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Percorra a fotogaleria abaixo para ver mais imagens do evento.

DJ Pedro Monchique celebra 25 anos de carreira

Pedro Monchique, setubalense de 39 anos, está a celebrar os seus 25 anos de carreira como disco-jóquei com um novo projecto musical, o Baile Chique, “fora do tipo de música que as pessoas estão habituadas a ouvir” nas suas actuações. A estreia do projecto aconteceu precisamente no final da ópera estreada pelo Coro Setúbal Voz, no Club Setubalense, e o balanço não podia ser mais positivo. “O convite do Setúbal Voz foi a cereja no topo do bolo para este projecto que começo agora”, afirmou.

O profissional tocou originais de Vivaldi, Mozart, Schubert e Bach, entre outros, com “uma cadência mais adaptada ao século XXI”, mas que esse não será o único registo do Baile Chique, pois um dos objectivos é preencher um “furo no mercado” e abranger a faixa etária dos 20 aos 50 anos. Os compromissos agendados ou em vias de confirmação vão levar o DJ a Palmela, para um Baile Chique de Carnaval, já no próximo dia 12 de Fevereiro; a uma viagem de estudantes finalistas em Espanha, na primavera, e possivelmente a um baile de verão numa festa popular em Setúbal.

Pedro Monchique, DJ residente no bar Absurdo, vai manter o projecto Baile Chique em simultâneo com algumas actuações do SaxChique (em que participa o saxofonista Sandro Ferro), durante este ano, para assinalar 25 anos de “muitas peripécias, aventuras e projectos” ligados à música e com diversos públicos.

Fotografias: Pedro Soares/Facebook
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