Autarcas de Alcácer, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines abordaram a falta de recursos humanos nas unidades de saúde. Adalberto Campos Fernandes irá visitar os cinco municípios no final do mês
Uma comitiva composta pelos presidentes de câmara de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines expuseram ao ministro da Saúde as dificuldades com que se debate o Hospital do Litoral Alentejano e a Unidade Local de Saúde, face à falta de recursos humanos.
Os autarcas foram recebidos na quarta-feira por Adalberto Campos Fernandes, que se fez acompanhar pela secretária de Estado da Saúde recentemente nomeada, Rosa Zorrinho.
“Para esta audiência, os Presidentes dos Municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines levaram um conjunto de objetivos para discussão, centrados nos problemas existentes na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, nos constrangimentos na prestação de cuidados de saúde primários e hospitalares e no financiamento da Unidade de Saúde do Litoral Alentejano”, revelou a autarquia de Alcácer do Sal.
Os autarcas “manifestaram ao ministro a preocupação com a falta de pessoal não só médico e de enfermagem, mas também assistentes técnicos, assistentes operacionais e técnicos de áreas especializadas”. A região, segundo o município, “apresenta o rácio mais baixo de enfermeiros por habitante, 2,4 enfermeiros por mil habitantes, o que contrasta, por exemplo, com o rácio de 8,4 enfermeiros por mil habitantes da Região Autónoma da Madeira”.
Ministro prometeu 10 viaturas para os cinco municípios
“Estamos perante os dois maiores municípios do país em termos geográficos, o que do ponto de vista da acessibilidade dos utentes até ao Hospital do Litoral Alentejano representa um sério problema”, transmitiu, ao ministro, Vítor Proença, presidente do Conselho Intermunicipal da CIMAL que preside também à autarquia de Alcácer do Sal.
“Como resposta às preocupações apresentadas pelos municípios, Adalberto Campos Fernandes referiu que a nível hospitalar não existem soluções de curto prazo. No entanto, no que respeita em específico à falta de médicos foi garantida a elaboração de um diploma legal que permita as deslocações de jovens médicos para o interior, mas que a solução não passa pelo aumento valor por hora, mas sim de acordos com misericórdias”, salienta a autarquia alcacerense, citando de seguinte Vítor Proença: “O senhor ministro comprometeu-se com a aquisição de 10 viaturas para os cinco municípios de modo a contrariar a falta de viaturas para a deslocação dos profissionais em ambulatório e consultas ao domicílio.”
Ficou acordada a visita de Adalberto Campos Fernandes aos cinco municípios no final do mês de Fevereiro, bem como uma nova reunião de trabalho, na qual o se discutirá o plano de contingência para o Verão, uma vez que devido à elevada procura turística da sub-região, tem-se verificado um recurso aos serviços de urgência de 20 mil utentes não residentes no Alentejo Litoral.