Lélio Parreira, 45 anos, morreu quando tentava libertar uma ganchorra no fundo mar ao largo da Comporta
O funeral de Lélio Parreira, o pescador de 45 anos que faleceu na sexta-feira na zona da Comporta, não deve realizar-se antes do Natal, apurou o DIÁRIO DA REGIÃO.
O corpo está à guarda da Marinha Portuguesa, que fez o resgate, e só deverá ser entregue à família na quarta-feira, dia 27.
O pescador do Faralhão, concelho de Setúbal, morreu na sexta-feira quando tentava resolver um problema numa embarcação de pesca da ganchorra a cerca de uma milha (1,6 quilómetros) da Comporta, disse à agência Lusa o capitão do porto de Setúbal, Luís Lavrador.
“Recebemos o alerta cerca das 16:00 e, por coincidência, tínhamos vários meios naquela zona, que deslocámos de imediato para o local – uma lancha da Polícia Marítima, outra do Instituto de Socorros a Náufragos e uma corveta da Marinha -, além de acionarmos um helicóptero da Força Aérea Portuguesa”, disse Luís Lavrador.
“O pescador, de 45 anos, utilizou o equipamento de mergulho para tentar libertar a ganchorra da embarcação ‘Joi’, matriculada no porto de Setúbal, que terá ficado presa a cerca de 20 metros de profundidade”, acrescentou. Uma ganchorra é uma armação em ferro, equipada com pontas em bico, para apanhar ameijoas no fundo do mar.
De acordo com o responsável pela capitania de Setúbal, o mestre da embarcação deu o alerta algum tempo depois, quando percebeu que o pescador demorava em regressar à superfície.
Segundo Luís Lavrador, o pescador foi resgatado por elementos do Instituto de Socorros a Náufragos e transportado de helicóptero para o Montijo, onde foi declarado o óbito.
A capitania do porto de Setúbal não adiantou qualquer explicação sobre as eventuais causas da morte do pescador.
Lélio Parreira era do Faralhão, onde foi criado, numa família de pescadores, e deixa dois filhos. O filho mais velho já é também pescador e trabalhava ao lado do pai, na mesma embarcação.
DIÁRIO DA REGIÃO com Lusa