Oposição dá voto de protesto ao presidente da Câmara do Montijo

Oposição dá voto de protesto ao presidente da Câmara do Montijo

Oposição dá voto de protesto ao presidente da Câmara do Montijo

CDU e PSD acusaram Nuno Canta de não ter cumprido deliberação do executivo e de não ter dignificado a cerimónia de atribuição do nome de Acácio Dores ao Parque de Exposições. Colocação da placa com a nova designação em local pouco visível também foi alvo de críticas

Nem a quadra natalícia foi suficiente para evitar que, na última reunião do ano do executivo camarário do Montijo, houvesse tréguas no debate entre a gestão socialista e a oposição (CDU e PSD). Nuno Canta, presidente da autarquia, foi alvo de novo voto de protesto, apresentado pela vereação da CDU e aprovado com os votos favoráveis de comunistas e social-democratas.

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Em causa esteve a cerimónia de atribuição do nome de Acácio Dores (presidente da Câmara Municipal do Montijo entre 1980 e 1982) ao Parque de Exposições, vulgo Montiagri. A CDU considerou que Nuno Canta “violou” a deliberação aprovada pela autarquia (com os votos contra do PS) – para que a referida homenagem se realizasse em sessão pública e solene no âmbito das comemorações dos 40 anos do Poder Local Democrático –, “não tornando público nem solene a homenagem”. Mais, os comunistas acusaram o edil de não ter convidado “a população, as forças vivas do concelho, os autarcas e a família do homenageado” para a cerimónia. “Limitou-se apenas, no passado dia 12 de Dezembro, às 11h00, colocar em lugar de muito pouca visibilidade, uma mini placa com o nome de Acácio Dores”, criticaram.

“Estamos perplexos com o voto de protesto e com a crítica injusta da CDU, num claro aproveitamento político”, respondeu Nuno Canta, escusando-se, mais à frente, a tecer mais comentários sobre o assunto. Interpelado pela vereadora do PSD, Mercês Borges, sobre se tinha ou não efectuado convites às forças vivas do concelho e à família do homenageado, o socialista admitiu que os convites foram efectuados “no site da autarquia” e nas “redes sociais”, através de “várias plataformas”.

Antes, já o vereador da CDU, Carlos Jorge de Almeida, havia sido cáustico em relação a Nuno Canta: “O senhor deve ter o recorde de votos de protesto no Guinness. A cerimónia foi do piorzinho. Envergonhou… foi mau demais, um ultraje”.

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A questão da deficiência de funcionamento dos transportes públicos (Transtejo e Transportes Sul do Tejo) no concelho foi outro dos temas a marcar a reunião, com vários munícipes e utentes a questionarem, por entre algumas críticas, o presidente da Câmara.

Transportes públicos dominaram atenções

Nuno Canta acabou por apresentar uma moção sobre o direito à mobilidade das populações, que foi aprovada por unanimidade. No documento é exigido, aos operadores de transportes públicos de passageiros que actuam no Montijo, “o reforço dos transportes públicos no concelho com a reposição das carreiras suprimidas no decurso do último ano”.

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Para o presidente da autarquia, a actual situação resulta “das políticas do anterior Governo PSD/CDS-PP que tinham como objectivo privatizar os transportes, o que conduziu a uma carência de investimento público nas infra-estruturas de transportes da Área Metropolitana de Lisboa”. O socialista lembrou que a Câmara “tem desenvolvido ao longo dos anos” vários esforços tendo em vista a “manutenção dos transportes públicos no Montijo, em particular do transporte fluvial”, garantindo que a autarquia “continua empenhada em melhorar a qualidade” dos transportes metropolitanos.

Foi também aprovada com os votos a favor de PS e CDU (o PSD absteve-se) a reconstituição da SIMARSUL.

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