8 Maio 2024, Quarta-feira

Presidente da Pastoral da Cultura da Diocese de Setúbal demitiu-se do cargo

Presidente da Pastoral da Cultura da Diocese de Setúbal demitiu-se do cargo

Presidente da Pastoral da Cultura da Diocese de Setúbal demitiu-se do cargo

Ruy Ventura apresentou a demissão ao bispo D. Américo Aguiar alegando impossibilidade para conseguir cumprir as funções que lhe foram incumbidas         

Ruy Ventura, até agora presidente da Pastoral da Cultura da Diocese de Setúbal, decidiu apresentar, na passada quinta-feira, a sua demissão ao Cardeal D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal.

“Após um difícil e muito ponderado processo de observação, introspecção e discernimento, reconheci não me ser possível, neste momento, cumprir o que se exige de tais funções, no seguimento do que tem sido proposto pelo Papa Francisco e pelos seus predecessores mais imediatos”, escreve o professor na sua página do Facebook.

Em Outubro do ano passado, um mês depois da nomeação de D. Américo Aguiar como bispo de Setúbal, Ruy Ventura, em publicação na página electrónica do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura afirmava que, além de “saudar” a investidura de Américo Aguiar como membro do Colégio Cardinalício, considerava ser este “um sinal para a Igreja e para os homens e mulheres de boa vontade, independentemente das suas crenças ou descrenças, que o único cardeal português a ter funções activas numa diocese lusa”, vá sentar-se “na cátedra do seu conterrâneo D. Manuel Martins, cuja santidade prática poucos esquecem em Portugal”.

Na passada semana, ao dar conhecimento público da sua demissão, deixou uma mensagem em que repete palavras elogiosas: “Agradeço imenso ao sr. Bispo de Setúbal a forma calorosa como me acolheu desde o dia em que foi investido como prelado diocesano”, e revela ter recebido “palavras tocantes” do bispo “que aceitou [a sua] renúncia”.

Na mesma mensagem, agradece a D. José Ornelas Carvalho, ex-bispo de Setúbal, por o ter “chamado a este serviço, no seguimento da condução das comemorações centenárias do poeta Frei Agostinho da Cruz”, uma missão que teve a “honra” de comissariar, e acrescenta: “Bem hajam todos quantos me acompanharam neste caminho”.

Apesar do pedido de demissão, Ruy Ventura, afirma “continuar à disposição da Igreja setubalense, do seu pastor e das suas paróquias para colaborações pontuais”, mas apenas no âmbito das suas competências “enquanto escritor e historiador de arte”.

Partilhe esta notícia
- PUB -