O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo, através do Ministério da Saúde, sobre algumas questões de funcionamento que envolvem o Serviço de Urgência Geral (SUG) do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, circunstâncias que foram levantadas pelo Sindicato Independente dos Médicos que deram origem a notícias na última semana.
Foi assim questionado se a Ministro da Saúde, Marta Temido, “tem conhecimento da situação limite em que este SUG funciona há já vários meses”, e se o mesmo “tem conhecimento do desgaste em que estes profissionais de saúde se encontram”. Por último, questionaram o Governo sobre quais as soluções que irão ser apresentadas para a resolução deste problema e que garantam a segurança dos profissionais e utentes bem como a qualidade dos serviços prestados na SUG”.
Afirmam os deputados que ficaram preocupados depois de terem sabido de notícias que descrevem um SUG “que já funcionava nos limites da sua capacidade e que com a resposta à pandemia teve de multiplicar recursos humanos para seus circuitos diferenciados para doentes suspeitos e não suspeitos de Covid-19”.
Perante isto, e “sem reforço efectivo das equipas médicas, os médicos do HGO denunciam um excesso de horas extraordinárias muito acima do previsto na lei para assegurar o correcto funcionamento do SUG”, refere o Bloco em comunicado.
Sendo o HGO um Hospital Central com um Serviço de Urgência Polivalente que atende cerca de 300 doentes por dia e serve uma área directa de 350 mil habitantes, o sindicato dos médicos aponta que para o contexto pandémico, que se prevê que continue por mais tempo, o número mínimo para assegurar a qualidade da SUG e a segurança de doentes e profissionais, seria de pelo menos cinco especialistas.
Ora a informação que foi divulgada “é de que a maioria das escalas estão a ser asseguradas, por apenas dois especialistas”, relembra o Bloco de Esquerda, que pegou neste quadro para questionar o Governo socialista.
