26 Junho 2024, Quarta-feira

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AMA sustenta versão de Canta mas João Afonso reclama louros pelo avanço da Loja do Cidadão

AMA sustenta versão de Canta mas João Afonso reclama louros pelo avanço da Loja do Cidadão

AMA sustenta versão de Canta mas João Afonso reclama louros pelo avanço da Loja do Cidadão

Presidente da câmara acusa social-democrata de “aldrabar factos”. Vereador defende que o socialista só se ‘mexeu’ por pressão do PSD

 

A Agência para a Modernização Administrativa (AMA) fez chegar à Câmara Municipal do Montijo informação comprovativa do interesse da Autoridade Tributária, da Segurança Social e do Instituto dos Registos e do Notariado em integrarem a futura Loja do Cidadão em Montijo, tal como Nuno Canta havia avançado a O SETUBALENSE em Dezembro último. E o presidente da autarquia não poupou o vereador João Afonso, que reclamou os louros pelo avanço do processo.

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“Os documentos comprovam que nós estávamos a dizer a verdade e que o vereador João Afonso estava a mentir e a enganar as pessoas. Estamos em democracia e não é possível tolerar pessoas que, permanentemente, procuram mistificar factos, enganar os jornalistas e também as pessoas”, disparou o líder do executivo na direcção do social-democrata, na reunião de câmara de quarta-feira passada.

O socialista adiantou, inclusive, que a AMA “já desafiou” o município a optar por um conceito de Loja do Cidadão de 3.ª geração. “Estamos abertos a isso… para caminharmos nesse sentido. Essas são lojas onde a digitalização, a mediação com equipamentos digitais, também existe. As pessoas infoexcluídas têm auxílio na própria loja”, explicou Nuno Canta, antes de voltar ao ataque.

“Ficou na última reunião [de câmara] expressada uma polémica inexistente, que alguns acham que foi polémica… há que esclarecer que alguém mente aqui e que outros falam verdade”, reforçou.

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Mas João Afonso reclamou os louros pelo avanço do processo. “Quando comecei a confrontar o senhor presidente sobre esta temática, teve de ir a correr à AMA e às entidades públicas para lhe salvarem a face e procurar recuperar um processo que está há mais de um ano parado na câmara”, atirou o autarca do PSD, já depois de ter aludido aos “muitos documentos” constantes no processo que, frisou, deixavam “claro e notório que a Loja do Cidadão” fora anteriormente “chumbada pela AMA”. “Não sou mentiroso, isto era o que estava no processo”, defendeu.

Ao mesmo tempo, o vereador acusou a gestão PS de incompetência por ter perdido a oportunidade de uma candidatura de financiamento até 800 mil euros, ao abrigo do PRR. E juntou: “Da parte do PSD o assunto ainda não está fechado, porque vamos continuar a pressionar para se recuperarem estes 800 mil euros.”

A intervenção de João Afonso fez, porém, Nuno Canta endurecer o tom das críticas ao social-democrata. “O senhor vereador não aprende. Enganou os montijenses sobre a Loja do Cidadão e continua, ao dizer que a loja está parada. Toda a gente já percebeu que quem está a aldrabar factos é o vereador. Essa aldrabice política tem de acabar. Vir dizer que é o homem que consegue andar com a Loja do Cidadão é para rir”, retorquiu o socialista.

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Da vereação da CDU saíram críticas nos dois sentidos. “Acusam-se mutuamente, parece uma conversa de café. A verdade é que os montijenses já deviam ter uma Loja do Cidadão há muito mais tempo. Isto, que aconteceu na última [reunião] e que está a acontecer agora, é pura demagogia”, disse Nuno Catarino, ao passo que o seu companheiro de bancada, Joaquim Correia, comentou com sarcasmo a discussão pela “paternidade” do avanço no processo. O vereador do PEV sugeriu uma “guarda partilhada” da Loja do Cidadão entre PS e PSD. “Fica 15 dias entregue a um e 15 dias entregue a outro”, concluiu.

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