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50 Anos da Cidade de Almada

50 Anos da Cidade de Almada

50 Anos da Cidade de Almada

30 Novembro 2023, Quinta-feira
Ivan Costa Gonçalves

Celebramos este ano o quinquagésimo aniversário da elevação de Almada a cidade, mas celebramos também a sua história milenar: a Almada Fenícia, Romana, Muçulmana e Cristã.

A Almada de Fernão Mendes Pinto, de Bulhão Pato, de Romeu Correia e mais recentemente do Miguel Oliveira, da Telma Monteiro e do Carlão.

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Celebramos a cidade, mas sobretudo as suas pessoas, as suas culturas, a sua diversidade e o sentimento de ser “Almadense”, desta cidade que se contruiu e se constrói de forma inclusiva e aberta, porque a história de Almada fez-se e faz-se, dos que chegam a esta terra, a abraçam, cá permanecem e que deixam que cada pequeno pormenor que os marque.

Celebramos todas essas Almadas e todas essas referências: do Café Central, do Bar Desporto ou do Ponto de Encontro. Da António da Costa ou da Emidio Navarro, do Parque da Paz ou da Casa da Cerca. Do Arsenal do Alfeite, da Lisnave ou da cortiça. A Almada Ribeirinha, do Porto Brandão, de Cacilhas ou da Trafaria e a Almada marítima, da Costa da Caparica ou da Fonte da Telha.

Celebramos Almada enquanto terra da cultura, do teatro, dos criadores, das bandas de garagem, do desporto e das coletividades, sem nunca esquecer a Almada das pescas e das tradições, mas também a Almada Universitária, moderna e cosmopolita.

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Uma cidade inclusiva e tolerante, onde cabem todos os credos, etnias ou culturas.

De todas estas realidades e referências se faz a Almada que temos e que queremos e se fazem os Almadenses, homens e mulheres, quase todos “imigrantes” ou descendentes de “imigrantes”, de outros países ou de outras regiões de Portugal, que um dia escolheram esta terra.

Almada que cresceu com a Indústria e que forjou também um forte sentido de comunidade, que se manifesta no associativismo ou no movimento operário e sindical, não fosse esta uma cidade onde os valores de Abril são levados a sério – uma terra de gente que sempre quis ser livre, que lutou contra a ditadura, contra a opressão, que soube resistir.

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Somos também uma terra de gente que sabe que para haver Liberdade não basta apenas dizer que cada um é livre de fazer as suas escolhas. Para haver liberdade a sério é preciso haver, já cantava Sérgio Godinho, a paz, o pão, a habitação, saúde, educação, e já agora, o trabalho, porque Almada sempre foi feita por trabalhadores e assim continua a ser.

Almada é hoje uma cidade moderna, de gente audaz, que trabalha, que arrisca e que procura uma vida melhor.

Uma Almada Cosmopolita, que continua a saber acolher, não apenas quem cá vive ou trabalha, mas também de quem cá estuda ou quem apenas nos visita e desfruta deste território.

A Almada de hoje é, portanto, uma cidade que cresce, que educa e que cuida dos mais vulneráveis, que está virada para Lisboa e que não lhe vira as costas, fazendo do Tejo um património comum nesta grande metrópole com duas margens.

Almada faz-se do seu passado, das suas raízes e daquilo que nos orgulha enquanto Almadenses, mas também do seu presente e do seu futuro, que se afirma com mulheres e homens de muitas origens que trabalham todos os dias para ter uma vida melhor, tal como faziam os Almadenses há 50 anos, quando tiveram a ousadia de elevar a cidade, a Vila de Almada.

Viva Almada e os Almadenses, e que venham mais 50!

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, Mestre em Sociologia
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