1 Maio 2024, Quarta-feira
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Resíduos podem não ser da Metalimex mas estão lá perto

Rui Berkemeier, da Associação ZERO, diz que o mais importante é saber se os detritos são perigosos

 

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A garantia dada por Teresa Almeida, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), de que os resíduos no Vale da Rosa, em Setúbal, não são da antiga Metalimex, não surpreende a Associação ZERO, entidade que denunciou a existência do depósito ilegal. Mas certezas “só com os resultados das análises” feitas aos detritos, diz Rui Berkemeier, da associação ambientalista, apesar de estranhar algumas ‘coincidências’.

“Surpreendente é ter sido possível, depois do escândalo da Metalimex, aparecer uma quantidade tão grande de resíduos [cerca de 30 mil toneladas] perto das antigas instalações dessa antiga empresa, numa situação semelhante”, afirma o responsável. E sublinha: “Os resíduos estão depositados ao lado do Complexo Municipal de Atletismo desde, pelo menos, 2003. E há imagens de que foram ligeiramente movimentados de local no mesmo terreno.”

A ZERO fez uma avaliação aos resíduos que enviou em 16 de Junho ao Ministério do Ambiente. “Há mais de dois meses, mas até ao momento ainda não tivemos qualquer resposta oficial, sobretudo a dizer se os resíduos são ou não perigosos”, lamenta.

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Berkemeier lembra, porém, que existem outras questões importantes a merecer resposta.
“Estamos a falar de uma quantidade enorme de resíduos e é fundamental esclarecer qual a sua origem e composição, bem como saber que medidas irá o Ministério do Ambiente tomar. Saber quem irá pagar a remoção dos resíduos e como esta será feita também são duas questões decisivas”, considera. E, a concluir, atira: “A CCDR-LVT admitiu que aquele depósito é ilegal. Logo, valeu a pena denunciar o caso.”

Caso Metalimex custou milhões

Quando a ZERO revelou a existência daquele depósito de materiais considerou estar perante escórias de alumínio que a antiga Metalimex importou da Suíça entre 1987 e início da década de 1990 para o Vale da Rosa. A empresa tinha o objectivo de produzir lingotes de alumínio a partir dos resíduos.

Mas isso nunca viria a acontecer já que a empresa, após batalha jurídica, acabou por ser intimada a recambiar os materiais perigosos. Seriam, contudo, os governos português e suíço que, depois de um acordo, assegurariam em várias fases o transporte das dezenas de milhares de toneladas das escórias para uma fábrica localizada em Lunen, na Alemanha, numa operação com um valor de nove milhões de euros. O último carregamento foi realizado em Dezembro de 1998.

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