Depois dos tórridos calores que se prolongaram até finais de Setembro, repentinamente, a temperatura baixou drasticamente e começou a chover. Por vezes, torrencialmente. As tempestades Babet, Bernardo e Aline, originadas por depressões ou por outros fenómenos meteorológicos, sucederam-se, e depois do prolongado verão, tivemos o Outubro mais chuvoso dos últimos anos.
Tudo isto, evidentemente, fruto das famigeradas e mais que confirmadas alterações climáticas. Embora haja ainda quem duvide.
As suas consequências, como se sabe, podem ser devastadoras. Embora sem gravidade, já as sofri agora, mais por falta de cuidado. A continuação da tradicional manguinha curta já com a temperatura a provocar pele de galinha, pode dar origem a “gripalhadas” ou coisa pior. Foi a primeira hipótese que me sucedeu.
Mas que é isto comparado com as catástrofes provocadas por autênticos dilúvios, ou por secas persistentes que, como se constata, se verificam por esse mundo fora? Até em regiões onde habitualmente elas não acontecem. Por exemplo, em florestas tropicais. Como na rainha delas, o pulmão da terra, a Amazónia, onde uma grande seca com temperaturas elevadíssimas está a causar enormes prejuízos às populações autóctones, à fauna e flora e, pela sua dimensão, a contribuir para o aquecimento global.
Além de outras espécies, centenas de golfinhos dos rios, têm morrido. Crêem os especialistas, devido à temperatura da água que chega a atingir 50 graus centígrados.
Portanto, este é que é o nosso grande desafio! Mais ainda que o outro grande flagelo, as guerras. Porque estas, podem perfeitamente evitar-se. Não tão perfeitamente, devido à nossa natureza. Por sermos tão mauzinhos. Tão egoístas e mesmo tão cruéis. Os exemplos são mais que muitos. O maior deles todos, foi o holocausto. E este agora em Gaza, não lhe fica muito atrás. Aquilo já não é bem uma guerra. É mais um massacre. Um genocídio. Só crianças mortas, já chegam às 4 mil. E as feridas em agonia. Uma vergonha que cobre toda a humanidade.
Mas dizia eu que as guerras podem evitar-se. Ou parar-se. De um momento para o outro. As alterações climáticas é que não. Podem é conter-se. O que já não era nada mau. E se assim não for, se não formos suficientemente capazes disso, porque capacidade temos nós, se não formos suficientemente “humanos” (justificam-se as aspas, não é verdade?), então estamos feitos. Nós, e todas, ou quase todas, as outras espécies. A Natureza, a nossa grande mãe que temos tratado tão mal, tratar-nos-á ela, da saúde. E da vida.
Esperemos que não. Esperemos que o nosso lado bom se sobreponha, que passemos a tratar melhor este planeta maravilhoso, a nossa casa comum, e que continuemos por cá ainda muitos séculos. Assim como os nossos companheiros irracionais. Ou não será nós que o somos? E que as guerras em curso, tenham um fim rápido. A começar por esta que está massacrar os palestinianos.
Vá lá, Tio Sam! Ponha o seu pupilo em sentido!
Não chega tanta prepotência, ódio e violência?