26 Junho 2024, Quarta-feira

- PUB -
Governo cria grupo de trabalho para avaliar inclusão da travessia Setúbal-Troia no passe Navegante

Governo cria grupo de trabalho para avaliar inclusão da travessia Setúbal-Troia no passe Navegante

Governo cria grupo de trabalho para avaliar inclusão da travessia Setúbal-Troia no passe Navegante

Ministro João Galamba vai nomear grupo integrado por representantes das autarquias, do ministério e de outras entidades

 

Os autarcas de Setúbal, Alcácer do Sal e Grândola reuniram-se com João Galamba, ministro das Infraestruturas, e foi tomada a decisão de o Governo criar um grupo de trabalho para avaliar a possibilidade de incluir a travessia fluvial Setúbal/Troia no passe Navegante.

- PUB -

“Concluímos que era importante constituir um grupo de trabalho que pudesse continuar a aprofundar esta problemática no sentido de ver qual a melhor solução para resolver este problema. O ministro ficou com a responsabilidade de o nomear, que será integrado por representantes das autarquias, do ministério e de outras entidades”, revelou o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins.

“Esta é uma forma de ter uma acção em permanência para encontrar uma solução o mais rapidamente possível. É necessário avaliar todas as todas as condições presentes no contrato e encontrarmos também quais as alternativas”, disse André Martins, em declarações a O SETUBALENSE, após uma reunião com João Galamba, em que também participaram o presidente da Câmara de Grândola, Figueira Mendes, e a chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença.

“Há um caminho a fazer e achamos que com a nomeação deste grupo é um caminho bom para o mais rapidamente possível podermos tomar decisões sobre esta questão”, afirmou o presidente sadino.

- PUB -

“Até agora o senhor ministro João Galamba tem manifestado disponibilidade e empenhamento para se resolver a situação”, acrescentou o edil.

Os autarcas das câmaras de Setúbal, Alcácer do Sal e Grândola defendem a inclusão da travessia fluvial Setúbal/Troia no passe Navegante, por considerarem que os preços praticados pela empresa concessionária, a Atlantic Ferries, são muito elevados, prejudicam as actividades económicas da região e as pessoas que todos os dias necessitam de atravessar o rio Sado.

No entender de André Martins, a concessão da travessia fluvial do Sado atribuída pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) à empresa Atlantic Ferries, o que existe na travessia do Sado não é um contrato de transporte público de passageiros, mas sim de transporte, não estando “de acordo com o quadro legal”.

- PUB -

“É urgente que a travessia do Sado tenha um contrato público de passageiros. Não faz sentido manter esta situação, aliás, a própria APSS está de acordo com isso. Agora é uma questão de se criar um caminho no sentido de saber como é que se transforma um contrato de transporte de passageiros num contrato de transporte público de passageiros”, esclareceu o autarca.

Para André Martins é “importante” saber se a concessão de um transporte público de passageiros do Sado pode ser integrada numa empresa pública, como a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) ou a Transtejo. “Em vez de ser a APSS a ter esse contrato, ser uma destas empresas”.

O autarca sadino explica que o contrato com a APSS já terminou, e que tem uma prorrogação, por “mais 2 ou 3 anos”. Para André Martins é essencial encontrar “rapidamente” um caminho que “acabe” com a problemática. “Não é possível haver uma situação em território nacional de uma travessia de um rio, que não tenha um transporte público, não faz sentido nenhum”, reforçou, acrescentando que se trata de um “contrato único” em Portugal. “Não há outro a não ser este aqui, que que já devia estar resolvido ou nunca devia ter acontecido”, rematou.

O edil setubalense defendeu ainda que o Estado deve assumir a sua responsabilidade a nível financeiro neste processo.

“No contrato de transporte público de passageiros o Estado tem uma comparticipação financeira, logo aí é uma questão muito importante a considerar. Esta poderá ser feita juntamente com a Área Metropolitana de Lisboa (AML)”, realçou.

A Atlantic Ferries cobra actualmente 8,80 euros por uma viagem de ida e volta por passageiro transportado nos catamarans.

No que respeita aos ferryboats, cada viatura, com condutor incluído, paga 39,20 euros por uma viagem de ida e volta, mas se o veículo, além do condutor, transportar mais três passageiros, o custo da viagem de ida e volta sobe para 67,60 euros.

Na Área Metropolitana de Lisboa, o passe Navegante permite utilizar os modos de transporte dos 18 municípios da AML por 40 euros.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -