26 Junho 2024, Quarta-feira

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Navio eléctrico “Cegonha Branca” poderá estar a navegar no Tejo até final do ano

Navio eléctrico “Cegonha Branca” poderá estar a navegar no Tejo até final do ano

Navio eléctrico “Cegonha Branca” poderá estar a navegar no Tejo até final do ano

Duarte Cordeiro diz que só a chegada do próximo lote de navios permitirá garantir a ligação entre o Seixal e o Cais do Sodré exclusivamente em modo eléctrico

 

A Transtejo está a analisar a possibilidade de colocar o navio eléctrico “Cegonha Branca” ao serviço até ao final do ano, já com testes realizados, antecipando assim a operação, disse hoje o ministro do Ambiente e da Acção Climática

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Numa audição parlamentar, o ministro Duarte Cordeiro adiantou que a antecipação visa minorar os constrangimentos de operação ainda existentes na ligação fluvial entre Lisboa e a margem Sul, resultado da frota envelhecida com que opera.

No entanto, acrescentou, só a chegada do próximo lote de navios permitirá garantir a ligação entre o Seixal e o Cais do Sodré exclusivamente em modo eléctrico, estando esta prevista para o segundo semestre de 2024.

Aos deputados, o ministro disse ainda que, segundo o cronograma da empresa, em Dezembro estarão concluídas as obras da central de carregamento do Seixal, seguindo-se as do Montijo (Fevereiro de 2024), do Cais do Sodré (Maio) e Cacilhas (Junho).

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Duarte Cordeiro adiantou que é possível antecipar a operação em alguns meses.

Em 15 de Setembro a presidente do Conselho de Administração da Transtejo avançou no parlamento que o serviço de transporte fluvial entre Lisboa e a margem Sul deveria contar com os novos navios eléctricos a partir do segundo semestre de 2024.

Hoje o ministro avançou que existe a possibilidade de ter os quatro navios a operar no final do primeiro semestre de 2024 e que a operação se iniciará no Seixal.

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“Tenho consciência que já houve muita desilusão que resultou de prazos anunciados, quero acreditar que vamos corresponder”, disse.

“O plano de renovação da frota da Transtejo vai permitir transformar a operação de transporte fluvial de passageiros numa referência do serviço público – um serviço fiável, seguro, confortável e sustentável –, contribuindo decisivamente para a descarbonização da mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa”, afirmou.

A audição parlamentar realizou-se no âmbito de requerimentos apresentados por PS, PSD, PCP, BE e IL sobre “a aquisição de navios eléctricos e de baterias pela Transtejo”.

Na sexta-feira, 20 de Outubro, foi concedido o visto do Tribunal de Contas ao contrato de fornecimento de baterias a instalar em nove dos 10 navios a propulsão eléctrica que constituem a nova frota da Transtejo.

Segundo o ministro, este é o resultado do concurso público internacional preparado pela Administração da Transtejo que assumiu funções em Abril deste ano, tendo o fornecimento sido adjudicado por 16 milhões de euros.

Já relativamente aos navios, adiantou, o contrato celebrado, em Fevereiro de 2020, com os estaleiros asturianos, prevê a construção de 10 navios eléctricos, tendo um deles sido entregue em Março deste ano, o “Cegonha Branca”, que já realizou “todos os testes necessários”.

Outros três navios, salientou o ministro, estão na água à espera de testes “e a construção do resto da frota continua a bom ritmo”, assim como estão em curso as obras de instalação dos postos de carregamento dos navios.

Aos deputados o governante disse ainda que os obstáculos à operação de transporte colectivo fluvial na Área Metropolitana de Lisboa, devem-se à operação e aos recursos humanos, mas apesar disso tem sido registado um crescimento da procura, permitindo ultrapassar, nos primeiros nove meses de 2023, o número de passageiros transportados em 2019.

Até Setembro, as empresas transportaram 14,6 milhões de passageiros, mais 3% do que os valores registados antes da pandemia.

Este ano, adiantou, os cancelamentos de serviços ocorreram sobretudo por causa de avarias ou manutenções programadas dos navios.

As avarias e a frota insuficiente representaram, respectivamente, 43% e 47% das viagens suprimidas, na Transtejo; na Soflusa, decorreram maioritariamente (60%) das consequências do acidente com o navio Gil Vicente.

“À data, na empresa, apenas a operação do Barreiro tem assegurado o número adequado de navios. Para as restantes ligações não existem navios de reserva ou, no caso de Cacilhas, a operação realiza-se com menos um navio do que o necessário”, explicou o ministro salientando que os constrangimentos só poderão ser ultrapassados com a chegada dos novos navios.

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