9 Agosto 2024, Sexta-feira

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Mãe e filho matam vizinha de 80 anos que se queixava de barulho 

Mãe e filho matam vizinha de 80 anos que se queixava de barulho 

Mãe e filho matam vizinha de 80 anos que se queixava de barulho 

Suspeitos de matar Gracinda Pereira estão agora acusados de homicídio qualificado

 

Uma quezília entre vizinhos num prédio em Grândola terminou da pior forma. Maria Sobral, 62 anos e Luís Sobral, 31, mataram a vizinha do andar de baixo, Gracinda Pereira, 80 anos, à pancada com um ferro. Depois abandonaram o local do crime. O homicídio aconteceu em Outubro de 2022 e mãe e filho estão agora acusados de homicídio qualificado. Em causa o crime cometido por motivo fútil, discussão por barulho entre vizinhos, e por a vítima, idosa, não ter capacidade de se defender.

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De acordo com a acusação, baseada na investigação da PJ de Setúbal, “no âmbito dessa relação de vizinhança, havia frequentemente quezílias entre os arguidos e a vítima, onde esta se queixava do barulho proveniente da habitação daqueles, sem que tivesse existido notícia de qualquer ameaça ou agressão entre os envolvidos”. No dia seis de Outubro, cerca das 20.30 horas, o arguido Luís Sobral subiu as escadas do prédio na Rua 1 de Maio que dá acesso à sua residência, tendo sido abordado pela ofendida, no 1.º andar do prédio, junto ao patamar, munida de um ferro com 1,33 metros de comprimento, com o qual batia, compassadamente, no chão e no corrimão metálico.

Luís Sobral conseguiu agarrar o ferro e passou pela vizinha, ameaçando que a matava. Quando estava já nas escadas do segundo andar, voltou atrás na direcção da vizinha. A sua mãe, alarmada pela gritaria, pediu ao filho para se dirigir para casa, mas ao ver o filho dirigir-se à vizinha, acompanhou-o.

“Quando Gracinda Pereira se encaminhava para sua casa de costas voltadas para os arguidos, estes, fazendo uso de sua força muscular, apertaram o pescoço daquela, empurrando-a para o interior da habitação, imobilizando-a junto a uma despensa. Aqui, os arguidos, retiraram-lhe o ferro das mãos da vítima, e enquanto esta se encontrava caída no chão desferiram-lhe um número não concretamente apurado de golpes na cabeça e no antebraço esquerdo, deixando-a a sangrar abundantemente”, pode-se ler.

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Cometido o crime, os dois dirigiram-se para casa, abandonando a vítima que acabaria por morrer. O filho da vítima dirigiu-se a casa e encontrou a mãe, tendo aí alertado os bombeiros que partiram em seu socorro. Os dois viriam a ser detidos pelo homicídio e num primeiro momento, o homem foi colocado em prisão preventiva e a mulher foi libertada porque nessa altura da investigação, não era claro que esta tivesse entrado na habitação. Até era-lhe atribuída uma atitude apaziguadora.

Finda a investigação e graças a uma testemunha que viu a mulher entrar com o filho na habitação onde ocorreu o crime, o MP considerou que esta teve a mesma participação no crime que o filho e alterou a medida de coacção para prisão preventiva. Estão os dois a aguardar pelo julgamento em prisão preventiva.

 

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Mãe alertou GNR que vítima bateu no seu filho 

Quando chegaram os meios de socorro ao apartamento da vítima, Maria Sobral ligou à GNR dando conta que a vizinha do andar de baixo tinha agredido o seu filho. Não quis apresentar queixa e disse para que ficasse registado. Este telefonema foi fulcral para a investigação da PJ apurar o envolvimento dos arguidos no homicídio.

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