Hoje vou relembrar-me de algumas das muitas figuras e as suas alcunhas, que existiam na cidade, e uma delas, “a muda de São Caetano”, que assustava com os seus gestos e corria atrás de nós, com um pau grande. O Ervilha “já sabem que eu estou aqui”; ” O Ervilha nunca falha”. O Zé Petrolino da oficina de bicicletas no Largo de São Sapalino. O Pilones que fazia serviços domésticos no Largo de Santo António. O Badalinho das profissões e colecções de bandeiras. O Diabo que era vendedor de lotarias na rua dos Ourives. A Barruesa que mudava a roupa na via pública. O Tocha e o irmão eram engraxadores de sapatos e moços de fretes junto da antiga Rodoviária de João Cândido Belo e filhos na Praça do Bocage e em frente a Rodoviária Palmelense de Humberto da Silva Cardoso de Palmela. A Frase de Mau da loja das Fazendas na rua dos Sapateiros. O Chiado, sucursal do Chiado de Lisboa, onde o gerente era o senhor Teófilo, que era uma simpatia com os clientes na Praça do Bocage; hoje “100 Montaditos” Sevilha Tapas. O Busca lá Vida, um pintor que quando bebia é que realizava as suas melhores obras de arte. Zé não vais à Moita, quando era contrariado deitava o seu boné ao chão. O Fanha Fanha cauteleiro e grande companhia em todas as deslocações de apoio ao Vitória Futebol Clube. O Kaly com os patos na esplanada da Mariana na Tróia. O Camões, o moço de fretes do hotel Esperança. O 15 Reis da taberna da rua Antão Girão. O engenheiro da SAPEC, que prometia trabalho a toda a gente nesta empresa. O Almeida Bruxo, quando bebia era inconveniente. Os Toquinós da fábrica de conservas de peixe. O Padre a fazia as melhores filhós de Setúbal. Manuel Bola, Carlos Rodrigues, actor teatral e autor do hino da escola Conde de Ferreira. O Gravatinha era uma pensão de boas caldeiradas de Setúbal.
No âmbito do futebol DO VCS: Maloio – Francisco Rodrigues; O Esquilha – Francisco Silva; Comboio de Ferro; Balugas; Fininho; Páprimo: Chico Caramelo; Lafanta , jogador e massagista do Clube. Bailinhas do Clube os 13, e estes são alguns que ainda me lembro.
Aproveito esta oportunidade para recordar ainda o célebre ganso do guarda “O Salbonete” no Portinho da Arrábida. Quando vinha a Setúbal era sempre acompanhado por ele e passeava com o ganso, pelas ruas da cidade, cafés e nos jogos de futebol.
Os javalis e as matilhas de cães na serra da Arrábida algumas vezes aparecem na cidade, agora fomos surpreendidos com dois burros e um cavalo a vaguear pela cidade e está vamos lá contar quem? Ao falecido Fernando Pessoa …
E recordar e relembrar estas figuras e suas alcunhas que existiam em Setúbal é VIVER.
E, por hoje, fico por aqui, mas continua.
Viva Setúbal