Nos últimos anos temos assistido a um aumento do número de praticantes de corrida recreativa. Os praticantes apresentam motivações e níveis de prática diferentes, desde simples praticantes de jogging, até aos de corrida de estrada e trail de longa distância. A difusão da prática da corrida é algo particularmente fácil de entender. Numa fase inicial, não exige um equipamento muito sofisticado. Basta um fato de treino e um par de sapatilhas. Não exige um horário específico, nem companhia, nem tão pouco uma instalação desportiva. Para além disso, a grande maioria dos seus praticantes não tem treinador e muitos nem consultam um médico previamente ao início da atividade. Podemos dizer, de forma simplista, que correr é fácil.

Por princípio, correr é algo bom para saúde, mas deve ser, como qualquer outra forma de exercício físico, devidamente orientada. Não deve dispensar uma consulta médica para eventual despistagem de qualquer contraindicação à prática desportiva, e deve ser seguida de acompanhamento por um profissional de exercício físico que possa avaliar todo e qualquer fator de risco. Além disso, os praticantes devem avaliar e aperfeiçoar a sua técnica de corrida, de forma a prevenir lesões e otimizar o seu rendimento desportivo, fazendo uso de um adequado plano de treino.

Depois de tomadas as devidas precauções, podemos dizer que a corrida é uma atividade favorável ao estado de saúde geral dos indivíduos. De facto, parece haver uma relação positiva entre a prática da corrida e a prevenção de várias doenças.

Termino destacando o feito de Rosa Mota. Eis uma atleta e de uma cidadã que cedo percebeu que o desporto é muito mais do que a alta competição e que através do seu exemplo continua a motivar muitos portugueses para a prática da corrida.

Usando a expressão do campeão olímpico e recordista mundial da maratona, Eliud Kipchoge, “nenhum ser humano é limitado”. Por tudo isto, caro leitor, convido-o a começar também a sua prática desportiva. Por certo que a sua saúde lhe agradecerá.