26 Junho 2024, Quarta-feira

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Números de professores colocados confirmam vinculação insuficiente

Números de professores colocados confirmam vinculação insuficiente

Números de professores colocados confirmam vinculação insuficiente

Após apresentado o número de professores colocados para o próximo ano lectivo, a Fenprof destaca um novo record de alunos sem todos os professores e diz que a situação pode agravar-se.

 

A Fenprof defendeu que os números hoje apresentados pelo ministro da Educação sobre professores já colocados para o próximo ano lectivo confirmam que o total de vinculações foi insuficiente e prevê o agravamento da falta de professores.

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“Quanto à falta de professores que se faz sentir, de forma particularmente significativa de há dois anos a esta parte, tudo indica que se agravará em 2023-2024, pelo menos de professores profissionalizados”. Esta inferência resulta do facto de apenas sobrarem 20.800 docentes para futuras colocações no âmbito das reservas de recrutamento, segundo informou o ministro, sendo que, no ano lectivo anterior, tiveram de ser contratados cerca de 35.000 docentes”, lê-se no comunicado da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

A federação sindical acrescenta que, “ainda que se deduzam a este número os cerca de 8.000 professores que vincularam, a reserva existente parece confirmar que teremos um novo record de alunos sem todos os professores e/ou de contratação, pelas escolas, de docentes não profissionalizados”.

A Fenprof recorda que para o agravamento da falta de professores deverá também contribuir o número de aposentações nos próximos anos.

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“Ao longo do presente ano civil e até final de Setembro sairão 2.492 docentes para a aposentação (2.401 em todo o ano 2022) prevendo-se que, até Dezembro, sejam mais de 3.500 os que se aposentarão (mais 45% do que em 2022). Se tivermos em conta o ano lectivo, no que terminou aposentaram-se cerca de 3.400 docentes, número que aumentará muito no que vai iniciar-se. Este nível de aposentações indicia mais um ano difícil, no que concerne à falta de professores”, estima a Fenprof.

O próximo ano lectivo tem 95% dos horários com professores já atribuídos, a maior parte do quadro, segundo dados hoje divulgados pelo Governo. Sobre isto, a Fenprof ressalva que é uma percentagem inferior à do ano passado, quando o ministro anunciou estarem preenchidas 97,7% das necessidades das escolas.

O ministro da Educação, João Costa, disse hoje que este ano, do total de professores colocados, 64% são professores do quadro, um valor superior ao do ano passado, quando nesta fase 56% dos professores eram contratados.

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Em números concretos, dos 13.487 horários pedidos foram já preenchidos 12.814. Este ano, afirmou João Costa, foram pedidos mais 386 horários, em comparação com o ano passado.

Os horários por preencher, segundo o ministro, concentram-se essencialmente na região sul, com destaque para a região de Lisboa e península de Setúbal.

As maiores faltas, disse também, verificam-se em informática, físico-química, geografia e biologia e geologia.

A Fenprof concluiu o comunicado referindo que “é precisamente a pensar nos alunos, na falta de professores profissionalizados para todos eles, na necessidade de recuperar os jovens professores que abandonaram a profissão e de atrair outros jovens para os cursos de formação inicial que os professores lutam e lutarão pela valorização da sua profissão, onde cabe, para além de outros aspectos, a luta pela recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias de serviço cumprido que continua congelado”.

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