A programação cultural do município passa agora por dois espaços de excelência. Um ainda é bebé, mas promove as artes como ‘gente grande’
O Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida (CTJA) é a principal sala de espectáculos do Montijo, concelho que passou a contar com um novo equipamento cultural este ano: a Casa da Música Jorge Peixinho, inaugurada no passado dia 25 de Abril.
Com a nova infra-estrutura, o território montijense dispõe agora de dois redutos amplamente vocacionados para o acolhimento das mais diversas criações no campo das artes, desde concertos às expressões teatrais, passando pela dança e até pelo cinema, com calendarização regular.
Constituído por uma sala principal, com uma lotação total de 643 lugares – incluindo plateia, 1.º
e 2.º balcão –, o CTJA continua a ser o equipamento de referência do município, pelas características únicas e capacidade que apresenta. Contempla ainda um foyer, além do espaço medi@rte – valência que disponibiliza serviço de leitura e informação audiovisual, e multimédia, bem como bar.
Já a Casa da Música Jorge Peixinho,servida pelo amplo Jardim das Nascentes – espaço verde com cerca de 3,5 hectares que abraça a infra-estrutura –, tem um auditório com capacidade para receber apenas 70 pessoas. Porém, está preparado para ser aberto para o jardim, transformando-se numa espécie de “espaço-comum” que, assim, pode albergar largas centenas de lugares (em pé) ao ar livre. As instalações da Casa da Música englobam também um espaço museológico sobre a vida e a obra do maestro e compositor montijense Jorge Peixinho.
A gestão cultural deste equipamento está entregue à Companhia Mascarenhas-Martins, entidade ali residente e responsável pela definição da programação de eventos para o espaço.
Espaços museológicos
A oferta cultural é “depois” distribuída ainda por vários outros equipamentos, como o edifício da Galeria Municipal, que acolhe regularmente exposições, debates e conferências, ou o Museu e Jardim da Casa Mora. O espaço museológico tem sido utilizado para apresentações de obras de literatura, entre outras actividades, ao passo que a zona exterior tem servido, regularmente, para a realização de espectáculos, sobretudo musicais, inseridos na programação anual de eventos – a sua utilização durante as Festas de São Pedro ou a Semana da Juventude são apenas dois exemplos.
Num domínio diferente, há ainda a referenciar espaços como o Museu Agrícola da Atalaia e o Museu Etnográfico de Canha. Estes são espaços que preservam partes significativas da memória colectiva local.
Na Atalaia, o museu agrícola, inaugurado em 1997 e requalificado em 2009, dá a conhecer “a história e a memória de uma casa agrícola onde no passado se produzia sobretudo azeite, vinho e fruta”, lê-se na informação publicada no site do município.
Mais recente, inaugurado que foi em 2007, é o museu de Canha. Este espaço museológico “inclui antigos e actuais métodos agrícolas, referências ao património histórico, ao artesanato, à gastronomia, às tradições, às festas e romarias” locais.
O concelho conta ainda com a Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva (Montijo) e os respectivos pólos localizados nas freguesias rurais de Canha e Pegões, enquanto espaços dinamizadores da Cultura.
Dimensão Parque de Exposições Acácio Dores acolhe certames de maior escala
Composto por vários pavilhões, o Parque de Exposições Acácio Dores é o espaço no Montijo que, pela sua dimensão, permite a realização de feiras e certames de escala mais significativa. A maior feira de suinicultura do País – Feira Nacional do Porco – assim como a concentração do Motoclube do Montijo são dois eventos que têm, habitualmente, lugar naquele espaço multifacetado. Além disso, há actividades e competições desportivas que também por ali passam. O equipamento recebeu em Dezembro de 2016 o nome de Acácio Dores, numa homenagem póstuma àquele que foi presidente da Câmara Municipal do Montijo entre Janeiro de 1980 e Dezembro de 1982, além de ter presidido à Comissão Executiva da Montiagri – Feira Industrial, Comercial e Agropecuária do Montijo, de 1983 a 1985.