Projecto da Secil chumbado. Empresa diz que Estudo de Impacto Ambiental não foi avaliado

Projecto da Secil chumbado. Empresa diz que Estudo de Impacto Ambiental não foi avaliado

Projecto da Secil chumbado. Empresa diz que Estudo de Impacto Ambiental não foi avaliado

Fábrica de cimento da Secil na Serra da Arrábida Reportagem sobre prós e contras

CCDR-LVT emitiu Declaração de Impacto Ambiental desfavorável. Secil lamenta e afirma que a decisão não avaliou o mérito das propostas para o ecossistema, ficou-se pela lei

O projecto da Secil para juntar as duas pedreiras de Vale de Mós, na Serra da Arrábida, foi chumbado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), adiantou o Expresso esta segunda-feira. Uma notícia que O SETUBALENSE confirmou já ao inicio desta noite.

A CCDR-LVT, entidade licenciadora com competências para emitir a Declaração de Impacto Ambiental (DIA) emitiu parecer negativo com base “nos impactes negativos, significativos e não minimizáveis de âmbito do factor ambiental sistemas ecológicos, ao que acresce matéria de direito intransponível”.

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De acordo com o parecer, o pedido da Secil é incompatível com o Plano Director Municipal (PDM) de Setúbal, tanto com actual como com o novo, que aguarda promulgação, assim como com o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA), com a Reserva Ecológica Nacional (REN) e com o Programa da Orla Costeira Espichel-Odeceixe.

Segundo a Comissão de Avaliação, o alargamento da área das pedreiras teria “impactes ecológicos negativos, afectando uma zona especial de conservação”. A DIA aponta “efeitos negativos muito relevantes, diretos e indiretos para a saúde humana”, numa zona com mais de 300 mil habitantes repartidos pelos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra.

O parecer indica “numerosos parâmetros físico-químicos e microbiológicos”, relativos à qualidade do ar, da água e com o ruído que “carecem de uma avaliação aprofundada, que não foi realizada pela Secil”.

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O Expresso noticía que a consulta pública registou 812 participações sendo a esmagadora maioria, 794, posições discordantes, entre as quais estão os pareceres da Câmara Municipal de Setúbal e da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

 

Secil diz que Estudo de Impacte Ambiental não foi devidamente avaliado

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A Secil diz que o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) não foi devidamente avaliado por a abordagem ter sido demasiado legalista.

“A Secil entende que a avaliação de impacto ambiental foi desvirtuada por uma abordagem legalista, em que a adequada e ponderada avaliação dos aspetos ambientais foi substituída por uma apreciação de ordem normativa face à solicitada Avaliação de Impactos Ambientais”, afirma a empresa em comunicado emitido esta noite.

Na mesma nota, a Secil acrescenta que o chumbo do projecto impede “uma substancial melhoria na exploração” das pedreiras, uma vez que as alterações propostas “tinham como objetivo uma melhoria considerável da operação da pedreira e gestão do ecossistema da Serra da Arrábida”.

“Essas propostas permitiriam, face ao que está actualmente autorizado, uma exploração mais sustentável reduzindo área e prazo de operação, e melhorando a configuração da pedreira no final da sua vida útil”, sublinha a empresa que promete continuar “a esforçar-se por encontrar soluções inovadoras que incrementem a sustentabilidade local da sua operação”.

A Secil diz ainda estar “confiante que, no futuro, esse impacto ambiental seja verdadeiramente avaliado”.

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