26 Junho 2024, Quarta-feira

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Se não mudamos de atitude temos os dias contados

Se não mudamos de atitude temos os dias contados

Se não mudamos de atitude temos os dias contados

, Ex-bancário, Corroios
25 Julho 2023, Terça-feira
Francisco Ramalho

Estamos perante o maior desafio de sempre. Se prosseguirmos o nosso estilo de vida, perecemos. Se ganharmos juízo, ainda por cá ficaremos até ver.
Se fôssemos efetivamente “criados à imagem e semelhança de Deus”, optaríamos pela segunda hipótese. Mas como Ele nos deu o livre arbítrio, masoquistamente, parece que caminhamos mesmo para a extinção. Na melhor das hipóteses, ficarão cá meia dúzia. E depois de tão dura lição, talvez ganhem finalmente juízo e desfrutem da desejada renovação, depois dos tratos de polé que temos infligido a este paraíso que os nossos antepassados chamaram Terra.
Mesmo perante os efeitos catastróficos das alterações climáticas com temperaturas a baterem todos os recordes em diversos países dos cinco continentes, chuvas torrenciais, secas persistentes, degelo de glaciares fazendo subir o nível dos oceanos, incêndios devastadores e outras calamidades, tudo afetando humanos e outras espécies, algumas já extintas ou em vias disso, que se vê mesmo em plena época de férias? Enormes filas de automóveis, aqui e em toda a periferia da grande Lisboa e, decerto, do Porto, Braga, Faro, etc. emitindo gases com efeito de estufa, provocando o aquecimento global com as consequências acima descritas.
Entre tantos outros, este é apenas um aspeto da questão. E não se vê solução nem sensibilidade de responsáveis políticos e de tanta gente.
O essencial, seria a tentativa de resolução desta situação. E, também, preservarmos bem melhor o meio ambiente. Mas basta repararmos para as bermas de estradas, para qualquer sítio onde circule ou pare muita gente, incluindo cursos de água ou praias, que é que se vê? Lixo e mais lixo, sobretudo, o que é mais nocivo; plásticos.
Este ano tenho ido pouco à praia. Mas já lá fui três ou quatro vezes. Durante a pandemia, era incapaz de ver uma máscara à beira-mar e deixá-la lá. Essa “obsessão” ficou, e agora é qualquer plástico.
Costumo frequentar as praias do Dragão Vermelho e do Tarquínio na Costa da Caparica. A grande diferença este ano, é que já não se vêem máscaras. Mas o outro lixo, a maioria plásticos, lá continua. Se a Câmara de Almada não limpasse mecanicamente as praias à noite, aquilo não seriam praias, seriam estrumeiras. Mesmo assim, por ação das marés e do vento, muitas embalagens de alimentos e guloseimas, garrafas e até sacos, continuam a ir fazer companhia aos milhões de toneladas que já lá estão a conspurcar os oceanos. Além disso, as rochas não são limpas assim como as dunas. Menos grave, mas principalmente a praia do Tarquínio, está sempre transformada num imenso campo de futebol. Quem não se deitar suficientemente longe, corre o sério risco de levar uma bolada na cara ou noutro sítio ainda mais inconveniente.
Tudo isto, impunemente. Já o ano passado aqui contei a anedota da meia dúzia, ou menos, de elementos da Polícia Marítima para vigiarem a área que vai da Trafaria à praia do Meco mais as praias fluviais do Seixal e do Barreiro.
Nada mudou.

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