26 Junho 2024, Quarta-feira

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Rede de guardiãs da natureza abrange Reserva Natural do Estuário do Sado

Rede de guardiãs da natureza abrange Reserva Natural do Estuário do Sado

Rede de guardiãs da natureza abrange Reserva Natural do Estuário do Sado

Projeto é apresentado esta sexta-feira, pelas 10 horas, em sessão a decorrer no Moinho de Maré da Mourisca

 

A Reserva Natural do Estuário do Sado é uma das sete áreas protegidas que vão passar a contar com guardiãs da natureza, cujo papel se centra em “identificar, catalisar e coordenar a implementação de projectos de intervenção no meio rural”, enquanto vão ser “dinamizadoras dos locais da regeneração e recuperação dos ecossistemas e biodiversidade”.

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Trata-se do projecto “Rede de guardiãs da natureza e desenvolvimento sustentável do mundo rural”, que, na região de Setúbal, vai ser lançado esta sexta-feira, pelas 10 horas, em sessão que decorre no Moinho de Maré da Mourisca.

A O SETUBALENSE, Susana Viseu, coordenadora do projecto, explicou no que consiste esta primeira fase do programa e quais vão ser as funções das guardiãs, sendo que para cada área protegida será feita uma selecção de 12 mulheres.

“Está é uma primeira fase do projecto, onde estamos a criar guardiãs da natureza e do desenvolvimento sustentável do mundo rural, em que o objectivo é que estas mulheres tenham a capacidade de, mais tarde, puderem vir a desenvolver o seu próprio negócio, ou a sua própria actividade profissional, ligada a estas áreas protegidas”, sublinhou.

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Na região de Setúbal, o plano será posto em prática na Reserva Natural do Estuário do Sado, onde as guardiãs vão estar “ligadas à pesca ou à conservação das pradarias marinhas”.

“Já nas outras áreas protegidas, as actividades podem estar ligadas mais ao mundo rural, como a produção de queijo, a apicultura, a pecuária, a agricultura sustentável ou a produção de vinhos”, acrescenta.

O projecto passa pelo envolvimento e capacitação das mulheres como guardiãs e defensoras da sustentabilidade do meio rural, um elemento essencial para a concretização de um modelo de desenvolvimento que assenta na valorização do território e dos valores naturais.

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A criação desta rede de mulheres guardiãs vai contribuir para a implementação de estratégias de conservação do património natural, permitindo o reconhecimento do seu valor, a percepção e apropriação do desígnio da biodiversidade, pelas comunidades locais.

Para se ser uma guardiã, é necessário “amar e respeitar a natureza, querer desenvolver a sua actividade profissional no mundo rural, aproveitar os recursos endógenos e preservar os saberes locais e ter vontade de contribuir para o desenvolvimento sustentável dos territórios”.

Além disso, no perfil das guardiãs da natureza é ainda definido que as mulheres escolhidas devem “querer divulgar os seus produtos ou serviços, ter capacidade de comunicação, dinâmica, capacidade de liderança e ser corajosas, resilientes e persistentes”.

O projecto é realizado em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Apesar de nesta primeira fase não contar com bolsa de ajuda, procura estabelecer parcerias com universidades, politécnicos, empresas públicas e privadas das áreas de intervenção.

Além da Reserva Natural do Estuário do Sado, nesta primeira etapa o projecto actua em outras sete áreas protegidas, nomeadamente no Parque Natural Montesinho, no Parque Natural Litoral Norte – Esposende, no Parque Natural da Serra da Estrela, na Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, na Reserva Natural do Paúl de Arzila, no Parque Natural do Vale do Guadiana e no Parque Natural da Ria Formosa.

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