Começo este artigo por saudar a Associação dos Municípios da Região de Setúbal (AMRS) pelo seu 40.º aniversário. Destaque para a realização do Congresso da Região de Setúbal sob o lema “Agregar vontades, Construir o Futuro”.
Ao longo destes anos, a AMRS assumiu um papel de enorme relevância para o desenvolvimento da Região de setúbal, papel que continua a desempenhar. É de sublinhar a elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Península de Setúbal (PEDEPES) – resultado dos contributos das estruturas da região, das autarquias, dos sindicatos, às associações empresariais, das instituições educativas às diversas entidades que intervêm na região.
São inúmeras as potencialidades e as riquezas da Região de Setúbal, pelas características do seu território, entre os Estuários do Tejo e do Sado, mar e serra, mas sobretudo pelas suas gentes, pelos seus trabalhadores, a sua experiência e conhecimento. Apesar destas condições excecionais, a Região de Setúbal conheceu as consequências da destruição do aparelho produtivo, da indústria, da frota pesqueira e da destruição de milhares de postos de trabalho; mas também do desinvestimento e da degradação dos serviços públicos. Consequências que resultam das opções da política de direita de sucessivos governos PS e PSD, com ou sem o CDS.
Da aposta na produção nacional, na indústria, nos setores produtivos, pesca e agricultura, no apoio às micro, pequenas e médias empresas, da criação de emprego com direitos, da valorização dos salários e das pensões, ao reforço do investimento público, quer nas infraestruturas designadamente a construção do Novo Aeroporto no Campo de Tiro em Alcochete, da Terceira Travessia do Tejo rodoferroviária, da ponte entre o Barreiro e o Seixal, ou o alargamento da rede do Metro Sul do Tejo, quer no reforço de serviços públicos, em especial a construção do Hospital no Seixal, do novo Hospital Montijo/Alcochete, da ampliação do Hospital em Setúbal e do Hospital Garcia de Orta, a construção dos centros de saúde, a construção e requalificação de escolas do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e secundário, incluindo a construção de pavilhões desportivos onde faltam, à construção de uma rede pública de creches e de uma rede pública de lares, assim como de equipamentos dirigidos às pessoas com deficiência, constituem elementos estratégicos para o desenvolvimento económico e social da Região de Setúbal e para a melhoria das condições de vida das populações.
Da proteção do património cultural e do património natural, do apoio à livre criação cultural e à garantia da democratização do acesso à cultura e do acesso à prática desportiva, da salvaguarda do ambiente ao reforço da oferta de transportes públicos rodoviários, ferroviários e fluviais, assegurando a sua adequada articulação e progressiva redução do preço até à gratuitidade, da garantia do direito à habitação, ao aprofundamento da autonomia do Poder Local, à reposição das freguesias extintas onde seja essa a vontade da população, à criação das regiões administrativas, elemento central para o desenvolvimento do território.
É uma região com projeto e uma região que tem futuro!