26 Junho 2024, Quarta-feira

- PUB -
Pai de Jéssica Biscaia: “Sinto-me culpado pelo que aconteceu à minha filha”

Pai de Jéssica Biscaia: “Sinto-me culpado pelo que aconteceu à minha filha”

Pai de Jéssica Biscaia: “Sinto-me culpado pelo que aconteceu à minha filha”

Tribunal ouviu quatro testemunhas. O pai, a avó paterna, a cabeleireira e uma conhecida da mãe

 

O terceiro dia do julgamento do homicídio de Jéssica Biscaia, a menina de três anos que morreu vitima de maus-tratos, decorreu na tarde desta terça-feira, no Tribunal de Setúbal.

- PUB -

Desde as 14h30 foram ouvidas quatro testemunhas, nomeadamente o pai da criança, Alexandrino Biscaia, a avó paterna, a cabeleireira e uma conhecida da mãe que ficou com Jéssica, umas horas, duas semanas antes do homicídio.

O pai da criança, que tinha emigrado para a Holanda, em Fevereiro, disse que não via a filha há alguns meses, antes da sua morte.

“Sinto-me um pouco culpado pelo que aconteceu à minha filha, porque confiei na Inês [Sanches]. O mal foi eu ter perdido o contacto da avó [materna], que tinha a tutela da menina”, declarou Alexandrino Biscaia.

- PUB -

Esta testemunha disse ainda que falava com a ex-companheira, por telefone e mensagens, e que, no dia 20 de Junho, de manhã, também trocaram mensagens. Nessas comunicações, de acordo com Alexandrino, Inês apenas lhe pediu dinheiro, não falaram sobre o estado da criança.

Outra testemunha, Manuela Nascimento, animadora sociocultural, que conheceu Inês Sanches por lhe vender roupa, disse ter ficado chocada quando, uma vez que acompanhou Jéssica a um parque infantil, viu a zona anal da criança. “Fez-me impressão aquela imagem [da abertura das nádegas], não era de uma menina, era de uma mulher], declarou.

Um testemunho que despertou muito interesse no tribunal uma vez que poderá indicar que Jéssica já poderia ter sido violada antes da viagem a Leiria em que terá sido usada como correio de droga. O relato desta testemunha é relativo a um domingo, dia 12 de Junho, anterior, em duas semanas, à viagem a Leiria.

- PUB -

Uma terceira testemunha também já ouvida, foi a cabeleireira, onde Jéssica cortou o cabelo no dia 2 de Junho. Disse não ter visto qualquer ferimento na cabeça da menina.

Foi ouvida também a avó paterna da criança, Maria Lino, que disse apenas que, para ver a neta, tinha de vir de Lisboa, sem conseguir marcar, porque não conseguia contactar com o filho. A última vez que viu a neta foi “sete ou oito meses” antes de a criança morrer.

Maria Lino confirmou que a menina ainda usava fralda.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -