Segundo dia do julgamento do homicídio de Jéssica Biscaia só começa a partir da 11 horas, por causa da greve
O advogado de Eduardo Montes, um dos arguidos do caso do homicídio de Jéssica Bisca, que está a decorrer no Tribunal de Setúbal, diz que o seu cliente está inocente, que não participou na introdução do invólucro de droga no ânus da menina.
Paulo Camoesas, que falou aos jornalistas à porta do tribunal, diz que “há provas” que inocentam Eduardo Montes porque este acusado estava em Sevilha. Uma dessas provas, segundo o advogado, é uma multa de transito que Eduardo Montes apanhou em Sevilha no dia 18.
Este arguido é acusado de tráfico de droga e de violação por, alegadamente, ter participado na introdução da droga no corpo da criança.
A audiência de hoje começa a partir das 11 horas, altura em que termina a greve da manhã dos funcionários judiciais. Esta paralização está marcada também para a parte da tarde, a partir das 13 horas, pelo que deverá afectar também a continuação do julgamento no período da tarde, tal como já aconteceu ontem.
Para esta terça-feira, a partir das 11 horas, está prevista a audição do arguido Eduardo Montes. Depois começam a ser ouvidas as testemunhas de acusação, entre as quais estão a inspectora da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal que participou na investigação, o pai da criança, Alexandrino Biscaia, a avó paterna, Maria Lino e o companheiro da mãe, Paula Amâncio.
O pai de Jéssica falou ao jornalistas à porta do tribunal. Diz que a filha estava entregue à mãe, Inês Sanches e que, enquanto viveu com ele nunca sofre maus-tratos.
“Quando eu estava por perto não, a não ser que a mãe a maltratasse nas minhas costas”, afirmou. Alexandrino Biscaia reafirmou que a guarda da filha estava entregue à mãe porque ele se encontrava no estrangeiro.
O pai da criança, segundo a acusação, foi quem proporcionou o conhecimento entre a mãe de Jéssica e a família acusada do homicídio porque era comprador de droga no morada de Ana Pinto, Justo Montes e Eduardo Montes.
A avó paterna, Maria Lino, disse, a O SETUBALENSE, que espera “que se faça justiça”.