Ordenamento do território, estratégia municipal do ambiente e águas e resíduos foram temas abordados no Cinema Charlot
As empreitadas no Parque Urbano da Várzea foram importantes para evitar inundações na cidade. Quem o diz é André Martins, presidente da autarquia sadina, que falava na sessão de abertura da “Conferência Estratégia Municipal de Ambiente”.
“Este Inverno foi óbvio que as bacias de retenção de águas pluviais que ali foram constituídas funcionam e que defenderam a baixa de Setúbal de cenários de inundação graves, como aquelas que vimos noutras cidades”.
Inserida nas Jornadas de Ambiente de Setúbal, o Cinema Charlot teve meia casa para esta primeira conferência que promete ter continuidade durante o mês de Junho. “Setúbal não poderá ser uma cidade plena sem assumir a sua biodiversidade e a sua respectiva conservação”, continuou o autarca.
“A questão essencial passa por considerar a dimensão ambiental enquanto elemento estruturante do desenvolvimento do território de Setúbal, ou seja, assumir o ambiente como eixo fundamental do desenvolvimento do território, desempenhando um papel central e estratégia da actividade”.
A sessão prosseguiu depois com o painel “Estratégia de Ambiente do Município de Setúbal”. Vasco Raminhas, director do departamento de Urbanismo, Habitação, Mobilidade e Fiscalização, foi responsável pelo quadro “Ordenamento do território e mobilidade”, momento em que se recordou a revisão do Plano Director Municipal (PDM). Além disso, apresentou uma visão do que será o reforço das potencialidades da cidade “através da actividade portuária, das actividades industrial/logística e turismo através do compromisso com a qualificação do território”.
Foi também delineado um modelo de ordenamento de base ecológica, onde constam pilares como “a resiliência territorial, os regimes especiais, o urbanismo sustentável e os sistemas ecológicos”.
Carlos Rabaçal, vereador na autarquia setubalense, começou por falar nos benefícios que os Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS) – do qual é presidente do conselho de
administração – trouxe aos munícipes e perspectivas futuras para esta matéria. Falou ainda assim sobre o desenvolvimento do Plano Estratégico para a Água onde o “enquadramento das necessidades de investimento em fundos europeus” e a “análise de utilizações e quantitativos da água extraída no aquífero e impacto no ambiente, de todos os sectores” são dois dos principais assuntos a considerar.
No painel “Água e Resíduos”, onde Carlos Rabaçal também interveio, a gestão de resíduos foi destaque, momento em que o autarca criticou a actuação da Amarsul, empresa que actua na Península de Setúbal, bem como a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR).