A Câmara Municipal de Grândola quer evitar o encerramento definitivo do terminal rodoviário na vila e já condenou a intenção da empresa que causa “grandes transtornos” à população. Rodoviária do Alentejo só tinha um funcionário no local, que entretanto foi de férias
Helga Nobre
A Câmara Municipal de Grândola está a tentar evitar o encerramento definitivo da Estação Rodoviária na vila. De acordo com a autarquia, a Rodoviária do Alentejo decidiu encerrar as suas instalações em Grândola, nas vésperas das eleições autárquicas, devido às férias do único funcionário do terminal. “Com a desculpa de que não tinham pessoal para manter a estação aberta encerraram para férias do funcionário e o nosso entendimento é que eles aproveitaram essa situação”, adiantou ao Diário da Região, o presidente da Câmara Municipal de Grândola.
António Figueira Mendes diz que, numa reunião com o administrador da empresa, foi transmitida a intenção de encerrar a estação. “Já estive reunido com o administrador que continua a insistir com essa medida de encerramento alegando que não têm lucros suficientes”, acrescentou.
A situação não é nova e a intenção de encerrar a estação “já tem dois anos”, mas tem sido protelada pela Câmara Municipal de Grândola tendo em conta a população idosa e estudantil.
Segundo António Figueira Mendes, um dos argumentos da empresa é “a falta de condições do edifício” onde funciona a Estação Rodoviária de Grândola. Perante esta queixa, a autarquia já se disponibilizou para suportar as obras, como “as casas de banho” e “outros elementos” que “estão menos bem” na estação para evitar o seu encerramento.
“Continuamos a negociar com eles e após a tomada de posse do executivo vamos retomar as negociações embora saibamos que não é fácil porque é o que estão a fazer noutros concelhos”, lamenta o edil.
O presidente da Câmara de Grândola afirma que a empresa quer encerrar o terminal e prestar o serviço aos utentes através de um contentor que pretende instalar na vila apesar de todos os inconvenientes para os utentes.
“Querem que a Câmara arranje um lugar para instalarem um contentor sem funcionário para que as pessoas possam lá ir apanhar o autocarro”.
António Figueira Mendes pretende retomar as negociações com a empresa logo após a tomada de posse dos novos órgãos autárquicos marcada para a próxima quarta-feira, 18 de Outubro.