Dez néctares da região viajam até ao outro lado do oceano para conquistar paladares de um público que não é desconhecido
José Maria da Fonseca, Adega de Pegões, Ermelinda Freitas, Adega Fernão Pó Winery, Bacalhôa, Sociedade Vinícola de Palmela, Quinta do Piloto, Herdade da Gâmbia, Adega de Palmela e Cadeado Wine são as dez empresas cujos vinhos chegaram esta semana a vários restaurantes do Rio de Janeiro, no Brasil, para conquistar os paladares do outro lado do mundo.
A Semana Gastronómica dos Vinhos da Península de Setúbal, que decorre de 24 a 30 de Abril, junta os melhores vinhos da região e a gastronomia portuguesa, brasileira, italiana e francesa durante uma semana de degustações de pratos e vinhos.
Mercearia da Praça, Didier e Rancho Português, em Ipanema, Adega Santiago, na Barra da Tijuca, e Il Leone, Tasca da Mercearia e Assunção, em Botafogo, foram os restaurantes
escolhidos por Henrique Soares, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, para uma iniciativa que não é nova no mercado brasileiro.
“Este evento decorre do nosso investimento e desenvolvimento no mercado. É uma iniciativa nossa, fomos bater à porta de um conjunto de restaurantes no Rio de Janeiro e em São Paulo, no sentido de apresentar-lhes a proposta de acção e as condições para a mesma. Tivemos uma boa resposta e uma boa adesão dos restaurantes e dos produtores, como seria de esperar”.
Em São Paulo a acção repete-se de 1 a 7 de Maio onde os escolhidos para receber os vinhos da península foram a Adega Santiago, no Shops Jardim, Taberna 474, no Jardim Paulistano, Rosewood, na Bela Vista, nas três unidades do Rancho Português na Vila Olímpia, Mairiporã e Cordeirópolis, e no Chiado, em Moema.
Para o empresário, “o mercado brasileiro é um dos mais relevantes para a região, sempre foi e sempre será”, tendo em conta que os néctares já circulam pelo país há oito anos.
“O mercado brasileiro é muito maduro e muito competitivo. Além disso, o Brasil tem dois vizinhos que são dois grandes países produtores [Argentina e Chile] que beneficiam de condições particulares. Portanto os vinhos da União Europeia, e neste caso os portugueses, de facto não têm as mesmas armas que esses dois grandes produtores. Mas ainda assim, para Portugal o mercado é muito relevante e já houve anos em que conseguimos ultrapassar a Argentina na nossa quota de mercado”.
Balanços só poderão ser feitos no final, mas os vinhos setubalenses já são internacionalmente reconhecidos e têm conquistado corações e paladares.