Sofia Martins diz que nos próximos 40 anos é necessário “construir uma estratégia una, e que seja uma bandeira da nossa região”
A Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) comemora este ano o seu 40.º aniversário de actividade e tem programadas, até ao final do ano, várias iniciativas que pretendem chegar a todo o Distrito de Setúbal.
Sob o lema “Agregar vontades, construir o futuro” a associação tem planeado para 30 de Junho um congresso da Região de Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Todi, que pretende debater o futuro da região, tal como explica nota de Imprensa.
“O Congresso Regional pretende ser um amplo espaço de debate sobre o futuro da Região, reunindo os vários agentes regionais com intervenção no território e no seu desenvolvimento, nomeadamente autarquias, entidades sociais, organizações sindicais, comunidade científica e educativa, empresas, agentes culturais e movimento associativo, contribuindo assim para reforçar a estratégia de desenvolvimento regional”, refere o documento.
Mas já no mês de Maio começam as actividades que se espalham um pouco por todos os concelhos.
A 12 de Maio, em Alcochete, discutem-se os “Planos Municipais de Juventude – estratégias de intervenção junto da Juventude”. Na continuidade, “Recursos Hídricos: Desafios e soluções para o futuro!” é uma sessão que decorre no Seixal, a 18 de Maio. Na semana seguinte, em Sesimbra, fala-se sobre “A Escola é Lugar para Brincar? Recreios – Riscos ou Desafios”, a 23 de Maio.
Três dias depois, apresentam-se as “Cartas Municipais de Habitação” no concelho de Palmela, já o município de Alcácer do Sal recebe a 2 de Junho, os “Planos Municipais de Cultura”. Para o Montijo fica reservada a “Leitura em voz alta nas Bibliotecas – Como? Quando? Porquê?” que decorre a 7 de Junho. Por fim, a 15 de Junho “Descobre o passado num museu presente!”, vai ter lugar no concelho de Santiago do Cacém.
Sofia Martins, secretária-geral da AMRS, considera que o trabalho dos próximos anos passa por continuar a dar sentido às quatro décadas de trabalho e afirmar a região nas várias vertentes.
“O que nós queremos com estes 40 anos é dar continuidade às quatro décadas de trabalho da associação, de aprofundar todas as matérias, que não só são importantes para as nossas autarquias, mas que são importantes para a região. Procurar a afirmação da região do ponto de vista da sua capacidade produtiva, de fixar emprego, de ter infra-estruturas naturais valorizadas, a nossa Arrábida, os nossos estuários, as nossas matas”.
A secretária-geral deseja que se possa “construir uma estratégia una, que nos una a todos, e que seja uma bandeira da nossa região”.
“Não há instituição que consiga fazer esse papel melhor do que a AMRS. Precisamos de nos concentrar nas questões prioritárias da região e aproveitar estes meses, de Maio e Junho para recentrar esse debate, e daí arrancar para a construção de um documento que seja unitário, que junte todos à volta das mesmas linhas de acção e que com isso consigamos construir o futuro da nossa região”, acrescenta Sofia Martins.
Associação vive momento conturbado
A AMRS atravessa um período conturbado da sua actividade onde os municípios de Almada e Barreiro formalizaram e saíram da associação, os concelhos da Moita e Alcochete tem o mesmo entendimento. Em entrevista a O SETUBALENSE no passado mês de Março, André Martins, presidente da associação e da Câmara Municipal de Setúbal, referiu que a organização “é aquilo que os municípios seus associados quiserem que seja”. Confirmou ainda que estão abertas conversações com os municípios de Grândola e Sines, que abandonaram a AMRS, no sentido de que retornem à associação.
“Anteriormente já houve municípios que saíram, como Grândola. Agora fizemos contactos com Grândola e com Sines. Grândola manifestou disponibilidade para levar aos órgãos essa posição de voltar a integrar a associação; para Sines, de momento, não é uma prioridade”.