Pensar Setúbal: Zequinha: uma referência incontornável do Vitória Futebol Clube

Pensar Setúbal: Zequinha: uma referência incontornável do Vitória Futebol Clube

Pensar Setúbal: Zequinha: uma referência incontornável do Vitória Futebol Clube

, Professor
13 Março 2023, Segunda-feira
Professor

“O que sinto ao marcar pelo Vitória agora é o mesmo de quando jogava nas escolinhas. O sentimento é o mesmo porque é o clube do meu coração e da minha cidade”.
Zequinha
Não existe vitoriano que se preze que não saiba quem é o Zequinha.
José Egas dos Santos Branco nasceu em Setúbal em 1987, tendo efectuado toda a sua formação no Vitória até 2003/04.
Os bons desempenhos nos escalões jovens levaram-no, na época seguinte, a rumar ao FC Porto, clube que mais tarde o emprestou ao Tourizense, Penafiel, Gondomar e Gil Vicente. Em 2009/10 representou o Olhanense e na época seguinte o Fátima, experiência que antecedeu a sua ida para a Grécia, país onde jogou no Larissa e Panthrakikos.
Em 2013/14, pela mão do grande treinador José Couceiro (muitas saudades, caro amigo), regressou ao Bonfim para envergar desta vez a camisola da equipa principal do seu (nosso) Vitória, clube onde permaneceu até 2015, altura em que rumou ao Arouca. Seguiram-se Nacional e Atlético de Kolkata (Índia) antes de regressar em definitivo a Setúbal, em 2018/19.
Zequinha, ao marcar um golo no último desafio na vitória que o Vitória Futebol Clube obteve contra o Real, continua a fazer história no clube do seu e do nosso coração. Aos 36 anos de idade, o avançado atingiu a fasquia dos 350 golos marcados ao serviço do Vitória, feito que a direcção do clube fez questão de assinalar numa publicação efectuada nas redes sociais.
Caro Zequinha, o Vitória Futebol Clube é um clube histórico, dos mais categorizados e prestigiados do futebol português. Todavia, andamos todos nós, vitorianos, todos deprimidos Assistimos com muita tristeza e mágoa ao arrastar penosamente deste gigante adormecido pelas divisões secundárias, pela 3ª Liga, fruto de sucessivas más gestões que culminaram com a descida administrativa, durante a gestão de Paulo Gomes.
Sou da opinião (e espero sinceramente estar completamente equivocado) que se o Vitória não subir da mesma forma que desceu, ou seja, pela secretaria, dificilmente o fará em campo.
Clubes com esta dimensão e densidade, tais como nós, Belenenses, Académica paradoxalmente quando se atolam nos pântanos das divisões secundárias, dificilmente regressam à tona de água.
Caro Zequinha, hoje não é disso que estamos a falar; hoje comemoramos os 350 golos (!!!) que marcou até agora ao serviço do nosso clube de sempre.
Um feito ENORME, como ENORME é o clube que nos faz vibrar as entranhas. O nosso querido, amado e eterno Vitória Futebol Clube.
Desde que o Zequinha era miúdo, até a actualidade, percebemos em si um duplo comportamento em campo; o de futebolista de inegável qualidade e de adepto fervoroso. Essas duas características potenciam tudo aquilo que de melhor existem em si, quer como futebolista, como vitoriano e…também como Homem. Como ser humano.
É para todos nós, vitorianos, uma indisfarçável orgulho ter em si uma referência, um pulsar e sentir vitorianos que a todos nos deixa uma enorme sensação de regozijo, de alegria, embevecidos, mantendo sempre uma luzinha de alguma esperança que melhores dias poderão vir.
Andamos todos carentes de referências desportivas vitorianas. Nomes como João dos Santos, Jaime Graça, José Maria, Jacinto João, Fernando Tomé, Félix Guerreiro, Francisco Rebelo, Herculano, Carlos Cardoso, José Mendes, Octávio, Vítor Baptista, Hélio, Meyong, Cláudio Pittbull, Yekini e tantos, tantos outros, encontram-se nas nossas memórias mais intensas e recônditas.
Confortam-nos a Alma. Mas não chega.
Esperemos que o caro Zequinha não seja o “Último Moicano”.
O senhor seu Pai, esteja lá onde estiver, ficará sempre orgulhoso deste seu filho.
Quando o Vitória venceu o Belenenses, logo surgiram no meu Agrupamento de Escolas Lima de Freitas alguns alunos com as nossas camisolas que estavam guardadas no baú da tristeza.
Caro Zequinha, não tive ainda oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. Talvez um destes dias, os nossos amigos comuns João Ferro e Cristina Sena, proprietários de um dos mais prestigiados restaurantes setubalenses e também eles Grandes Setubalenses e Vitorianos, me proporcionem essa possibilidade.
Caro Zequinha, ser vitoriano é ser setubalense duas vezes.
Um grande, grande abraço vitoriano e continue a deliciar-nos com o perfume da sua imensa qualidade como futebolista e como homem.

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