26 Junho 2024, Quarta-feira

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Ministro da Saúde assegura que ampliação do Hospital de São Bernardo arranca em Março

Ministro da Saúde assegura que ampliação do Hospital de São Bernardo arranca em Março

Ministro da Saúde assegura que ampliação do Hospital de São Bernardo arranca em Março

Manuel Pizarro adiantou ainda que decisão sobre futuro do Hospital Ortopédico do Outão “só daqui a dois ou três anos”

 

O ministro da Saúde assegurou esta quarta-feira que a ampliação do Hospital de São Bernardo vai arrancar no próximo mês de Março, tratando-se de “uma obra que vai demorar cerca de um ano e meio a ser completamente edificada”.

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A informação foi avançada por Manuel Pizarro no decorrer da visita que realizou ontem à cidade sadina, durante a qual ficou a conhecer a realidade da saúde no concelho depois de se ter reunido com os presidentes das câmaras de Setúbal, Palmela e Sesimbra e com o conselho de administração do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS).

“É uma obra que permitirá instalar com boas condições as urgências de adultos e pediátrica. Um edifício materno-infantil, portanto todo o serviço de partos e serviço pediátrico ficarão muito bem instalados e também libertará espaço dentro do hospital para que outros serviços sejam melhor acondicionados”, revelou o governante.

A obra de ampliação do Hospital de São Bernardo representa um investimento superior a 27 milhões de euros e foi adjudicada à empresa Ferreira Build Power, sendo que o respectivo contrato foi assinado em Dezembro último.

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Questionado sobre quais os serviços onde encontrou mais dificuldades, Manuel Pizarro respondeu ter sido na “ginecologia/obstetrícia e pediatria”. “Isso é que faz com que tenhamos de ter o plano de contingência para as maternidades. E na pediatria, não pelo número de profissionais, mas por uma grande parte destes já terem uma idade avançada, o que cria muitos constrangimentos à urgência”, realçou.

O ministro da Saúde admitiu, assim, que há “ainda alguns casos” em que é necessário manter “durante os próximos meses medidas de contingência”, como a que faz com que a maternidade do São Bernardo “alterne aos fins-de-semana com a do Barreiro-Montijo”.

“É uma solução que, não sendo a ideal, devidamente organizada garante qualidade e segurança e garante às pessoas previsibilidade, que é essencial para que se sintam tranquilas”, explicou.

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Sobre o eventual encerramento do Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão e a sua possível reinstalação no novo edifício a construir no Hospital de São Bernardo, Manuel Pizarro respondeu que “só seguramente daqui a dois ou três anos é que haverá um debate” sobre o assunto.

“O que para já vamos fazer é construir o novo edifício. Depois vamos cuidar de reorganizar os restantes espaços no actual edifício. Só depois disto, seguramente daqui a dois ou três anos, é que haverá um debate sobre se há, ou não, condições para acolher também a área ortopédica”, explicou o governante, revelando que “é uma decisão que está muito longe de estar tomada”.

No que diz respeito aos profissionais, o ministro da Saúde adiantou que “persiste uma dificuldade de recursos humanos”. “O que temos de fazer em conjunto é acreditar e valorizar o hospital e dizer aos jovens profissionais que são bem-vindos porque o hospital tem e vai ter futuro”, disse.

Relativamente à reunião concretizada esta quarta-feira com os três presidentes de câmara, Manuel Pizarro remeteu os comentários para os autarcas, revelando apenas que “foi uma reunião de trabalho muito proveitosa”, da qual levou “uma mensagem com muitas recomendações em relação à forma como a saúde deve funcionar nesta zona”.

O presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, que falou também em nome dos edis de Palmela e Sesimbra, disse tratar-se de “uma boa notícia”, referindo-se à ampliação do Hospital de São Bernardo.

Contudo, frisou que “o grande problema que permanece é o dos recursos humanos em todos os serviços”. “Naturalmente que isto resulta de uma grande falta de investimento no Serviço Nacional de Saúde. Chamámos à atenção do senhor ministro no sentido de podermos continuar a fazer um esforço, como as câmaras estão a fazer, de serem parceiras na construção de centros de saúde com o Ministério da Saúde, mas isto não é suficiente”, salientou.

De acordo com o autarca, os municípios esperam “que o Governo tome medidas no sentido de criar incentivos para que os profissionais vão para o Serviço Nacional de Saúde”.

“Esta é a grande questão. Sensibilizámos o senhor ministro para a importância de continuar a resolver este problema, também no sentido de dar maior confiança às populações”, sublinhou.

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