Idosos estão hoje a avivar a memória com as suas experiências de vida a propósito do Dia dos Namorados
Os seniores da residência Porto Salus, em Azeitão, estão hoje a recordar as suas histórias de amor, por ocasião do Dia dos Namorados. Os residentes no espaço do grupo Orpea “contam como amar é transversal a todas as idades no dia em que se celebra o amor”.
“Porque o amor não tem idade para ser vivido e recordado”, os seniores das residências Orpea estão, assim, a contar e avivar “a memória com as suas histórias de vida e de amor, a propósito do dia 14 de Fevereiro”, explica o grupo em nota de Imprensa.
A iniciativa é organizada tendo em conta que se trata de “uma data que serve como um momento de partilha de sentimentos e afectos e para relembrar a importância do amor e dos gestos de carinho, já que é possível amar em qualquer idade”.
Como exemplo o grupo Orpea descreve a história do casal “Luisete e Joaquim Almeida – um dos fundadores do Núcleo de Confraternização dos Árbitros de Futebol do Barreiro –, que estiveram casados durante 63 anos”.
“Foram ao mesmo tempo para a residência sénior Porto Salus, em Azeitão. Luisete conta, com saudade e com a ausência do seu companheiro, que um casamento feliz não é feito de um casal perfeito, mas de um casal imperfeito que sabe respeitar e aproveitar as suas diferenças para construir um amor eterno e duradouro”, revela a mesma nota.
“O meu esposo foi meu amigo e o melhor companheiro para a minha jornada”, conta Luisete Almeida, depois de revelar que “o namoro era só na janela”. “O Joaquim não tinha permissão para entrar na casa dos meus pais e a minha família ficava a observar da sala. Só tínhamos autorização para namorar aos 18 anos e as moças deveriam mostrar-se prendadas, recatadas e atenciosas”, acrescentou a sénior.
Foi enquanto estudava no ensino primário que a idosa “conheceu o seu esposo, aos 14 anos de idade, em Palhais, concelho do Barreiro”. “Na época, o namoro era considerado uma etapa preparatória para o noivado e o casamento e servia como uma fase de adaptação do casal”.
No caso de Luisete, a sénior casou “aos 24 anos e aos 25 teve uma filha, fruto do casamento harmonioso e duradouro com Joaquim”.
“Não é fácil manter um relacionamento por tantos anos. É necessária muita compreensão e aceitar não só as qualidades, mas acima de tudo os defeitos do outro. Sou grata a Deus por ter a minha família que me compreende e me aceita com todos os meus defeitos”, concluiu a sénior.
Na iniciativa a acontecer hoje na residência Porto Salus, os idosos vão contar “verdadeiras histórias de vida e de uma enorme sabedoria e experiência”, como é disso exemplo a experiência partilhada por Luisete Almeida.