28 Junho 2024, Sexta-feira

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Professores em protesto frente à Câmara Municipal de Almada

Professores em protesto frente à Câmara Municipal de Almada

Professores em protesto frente à Câmara Municipal de Almada

A recuperação do tempo de serviço e a melhoria das condições nas escolas estão à cabeça das reivindicações

Mais de uma centena de professores e também assistentes operacionais dos agrupamentos de escolas do concelho de Almada, e de um do Seixal, concentraram-se ontem frente à Câmara Municipal de Almada para reivindicarem por melhor escola pública e também pelos seus direitos.

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“Nunca fiz greve para não prejudicar os alunos”, disse a O SETUBALENSE a professora Sílvia Relva, que afirma não ser sindicalizada, mas agora confessa que não pode ficar em silêncio quando os direitos dos professores e as condições dos alunos estão em causa. “Há muitas salas de aula onde chove, faz frio e não têm qualidade para usarmos tecnologias”, acrescenta.

Além disso, não pode aceitar que se mantenha a situação de não ser devolvido o tempo de serviço, por isso os professores lutam, para que “sejam restituídos os seis anos, seis meses e 23 dias que lhes foram retirados em 2010”.

Outra razão da concentração do protesto, que durou até às 20h00, é não aceitarem a municipalização e regionalização da contratação dos professores pelas câmaras municipais. “É uma situação que pode dar azo a cunhas. Os professores têm de ser colocados pela sua graduação”, defende.

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O mesmo diz Rui Foles, professor que tem estado na primeira linha da organização das concentrações de docentes e não docentes que têm decorrido em Almada. “Somos todos professores não sindicalizados”, afirma e garante que, ontem, estiveram presentes professores e assistentes operacionais de todas as escolas da área pedagógica do concelho.

Até à hora em que Rui Foles falou com O SETUBALENSE, 18h00, quem estava na concentração aguardava ser recebido pela presidente da Câmara de Almada, a exemplo de uma outra concentração dos agrupamentos que decorreu em Dezembro do ano passado que foi ouvida por Inês de Medeiros. Mas ontem, a autarca estava em reunião fora do edifício da câmara e não pode receber os professores.

Entretanto, em Janeiro, os profissionais das escolas estiveram no centro de Almada em manifestação, onde reuniram cerca de 300 pessoas, um número que não conseguiram reunir ontem, apesar do manifesto que lançaram também aos encarregados de educação, alunos e população em geral para estarem presentes frente à câmara para ouvirem as razões do protesto.

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“Esquecidos que foram os nossos direitos ano após ano, é agora hora de, em conjunto, fazer sentir a urgência  da mudança  numa escola cada vez mais exigente, mas também  mais desgastada e afogada em burocracias”, refere o documento.

E acrescenta o mesmo texto: “Acreditamos que para ter uma escola pública de qualidade é  fundamental termos pessoas felizes e motivadas, termos agentes educativos e assistentes operacionais respeitados e valorizados, termos professores  com estabilidade no emprego e na carreira, com condições  de progresso nas carreiras. É fundamental que, sejam olhados, ouvidos e respeitados na sua profissão, na sua dignidade”.

Estiveram presentes os agrupamentos do concelho de Almada, da Escola Daniel Sampaio, da Emídio Navarro, Elias Garcia, Agrupamento da Caparica, da Romeu Correia, Trafaria, Conceição e Silva e agrupamento da Escola António Gedeão. Do Seixal, esteve o Agrupamento da Escola António Augusto Louro.

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