Caso segue para julgamento com a intervenção de um colectivo, composto por três juízes
O Tribunal de Setúbal recusou a nomeação e intervenção de um júri no julgamento aos quatro arguidos acusados do homicídio qualificado de Jéssica Biscaia, a menina de três anos torturada até à morte por uma dívida da mãe.
O caso segue para julgamento com a intervenção de um colectivo, composto por três juízes que vão analisar a prova produzida e determinar se Tita, Justino, Esmeralda e Inês, esta última a mãe da vítima, devem ser condenados pelo homicídio que chocou o país.
Inês Sanches, 37 anos, responde por homicídio qualificado por omissão. Entregou a filha por três vezes aos homicidas, Tita, Justino, Esmeralda sem resistência e nunca se incomodou com as agressões violentas que Jéssica sofria.
Chegou a visitar a filha, moribunda, nua, em convulsões, na casa de Tita, mas nada fez. Foi ao karaoke com o namorado. Quando a recebeu em estado crítico, deitou-a na cama em casa e abandonou-a durante cinco horas. Ana Cristina, Justo e Esmeralda Montes, estão acusados de homicídio qualificado e violação. Ao longo de uma semana torturaram a menina até à morte e violaram-na para traficar droga entre Leiria e Setúbal.