Crime remonta a Agosto de 2022, quando o arguido desferiu vários golpes com uma faca no pescoço e no tórax da companheira
O Ministério Público acusou Vany Vieira, 31 anos, pelo homicídio qualificado da namorada, Denise Rosa, 37 anos, em casa no Barreiro, em Agosto do ano passado, mas vai pedir que o tribunal aplique ao arguido uma medida de internamento ao homicida, considerado inimputável perigoso e que não tinha noção da realidade quando matou a vítima devido à doença de que padece, esquizofrenia.
O crime foi cometido no dia 18 de Agosto na Rua José Augusto Pimenta, perto do Tribunal do Barreiro. Vany Vieira acreditava que a vítima o tinha traído e que a criança não era seu filho. De acordo com a acusação do MP, também achava que a vítima o queria envenenar e que fazia parte, à semelhança do resto da humanidade, de uma rede criminosa que o perseguia e que o queria matar.
Nesse dia, munido de uma faca, desferiu vários golpes na vítima, que se encontrava grávida de pelo menos 7 meses, atingindo-a no pescoço e no tórax. Denise acabou por morrer de choque hemorrágico.
Consumado o crime, Vany Vieira saiu de casa e admitiu o crime nas redes sociais. Uma prima da vítima leu a publicação do agressor e tentou insistentemente contactar Denise, mas sem sucesso. As autoridades foram então alertadas para o sucedido e entraram na sua casa, encontrando-a sem vida. Foi logo montada uma caça ao homem pela Polícia Judiciária de Setúbal.
A naturalidade cabo-verdiana do suspeito e o facto de ao longo de dez anos ter trabalhado intermitentemente em Paris levou as autoridades a alertar a PSP no aeroporto de Lisboa, acreditando que este poderia tentar a sua fuga para o estrangeiro, o que viria a acontecer. Vany Vieira foi interceptado no aeroporto de Lisboa, quando tentava comprar um bilhete de avião esta manhã de quinta-feira e foi detido.