29 Junho 2024, Sábado

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Diferenciação e qualidade são fundamentais para futuro dos vinhos da Península de Setúbal

Diferenciação e qualidade são fundamentais para futuro dos vinhos da Península de Setúbal

Diferenciação e qualidade são fundamentais para futuro dos vinhos da Península de Setúbal

Projecto ‘Roadwine’, iniciado em Março de 2021 pelo Politécnico de Setúbal, permitiu fazer um diagnóstico da vitivinicultura na região

 

A diferenciação e a qualidade são elementos fundamentais para a valorização dos vinhos da Península de Setúbal, de acordo com as conclusões apresentadas hoje num simpósio sobre o futuro do sector vitivinícola nesta região, que decorreu em Palmela.

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“Concluímos que existe um modelo de negócio que terá decerto melhores resultados com uma aposta na diferenciação e na qualidade, um caminho precioso e inevitável em que temos que acreditar”, disse à agência Lusa a coordenadora do projecto ‘Roadwine’, Teresa Costa, professora da Escola de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS).

Segundo Teresa Costa, o projecto ‘Roadwine’, iniciado em Março de 2021 pelo IPS e que teve a colaboração de diversas entidades – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, Brandir – Marketing Estratégico e Operacional e o CITUR – Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo, permitiu fazer um diagnóstico da vitivinicultura na região.

“Este evento permitiu-nos mostrar que há um caminho a percorrer e que há muito para fazer no sector”, disse à agência Lusa Teresa Costa, assegurando, no entanto, que o encontro permitiu também “dar um sinal de esperança aos produtores da Península de Setúbal”.

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“O sector dos vinhos é muito importante na Península de Setúbal, que tem vindo a trabalhar muito nos últimos anos, aumentando muito a sua credibilidade e a qualidade dos seus vinhos, que começam a ser cada vez mais reconhecidos”, sublinhou.

Para Mário Cravidão, da Brandir – Marketing Estratégico e Operacional, a par da qualidade dos vinhos produzidos na região, é também necessário desenvolver estratégias de ‘marketing’ adequadas à especificidade de cada um dos mercados que apresentam maior potencial de crescimento para as exportações portuguesas, como os Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Segundo Sónia Vieira, directora de marketing da ViniPortugal, entidade que promove os vinhos portugueses, tem havido “um crescimento, quase que generalizado, das regiões que eram menos conhecidas no passado”.

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“Hoje as pessoas procuram muito mais do que o Alentejo e o Douro. Procuram também as regiões que trazem outro tipo de vinhos – nomeadamente o Moscatel de Setúbal, que é um dos ‘ex-libris´’ da região de Setúbal -, e outros vinhos secos que têm vindo a aparecer no mercado. Acho que se perspectiva um futuro muito interessante”, disse.

“Portugal já é conhecido pela especificidade dos nossos vinhos, pelo número de castas. O que os líderes de opinião nos dizem é que são vinhos com carácter. E é mostrar aquilo que nos diferencia que vai fazer com que o crescimento seja mais consistente ao longo dos anos”, acrescentou Sónia Vieira, reconhecendo que a Península de Setúbal também está a aumentar a notoriedade dos vinhos da região investindo no Brasil, no Reino Unido e em Angola.

Sobre o futuro dos vinhos portugueses a nível nacional, Sónia Vieira disse que o objectivo em 2023 é “crescer acima dos 6%”, para atingir “um bilião de euros na exportação”.

“Em 2021 tínhamos exportado 927 milhões de euros e, nos primeiros 11 meses de 2022 [ainda não há dados sobre o mês de Dezembro] já estamos nos 846 milhões de euros”, disse.

“Crescemos muito em 2021 (8,3%), mas em 2022 a perspectiva é, de facto, só crescer 1,5%, devido à guerra [na Ucrânia] e à inflação. Em 2023, o grande desafio é crescermos 6% ou muito perto disso”, concluiu Sónia Vieira.

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