Carris Metropolitana – Sinal Continua Amarelo

Carris Metropolitana – Sinal Continua Amarelo

Carris Metropolitana – Sinal Continua Amarelo

20 Janeiro 2023, Sexta-feira

A alteração do sistema tarifário na Área Metropolitana de Lisboa, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), constitui um forte incentivo à utilização dos transportes públicos.
Com a criação do Passe Navegante assistimos à redução muito significativa do preço dos transportes, o que resultou num acréscimo muito considerável na procura dos transportes públicos, que, infelizmente, não foi acompanhado do necessário reajuste destes meios de deslocação.
A Carris Metropolitana, um projeto de relevante importância estratégica para o desenvolvimento da Península de Setúbal, entrou em funcionamento no passado dia 1 de junho, nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal e, um mês depois, em Almada, Seixal e Sesimbra.
As espectativas depositadas neste novo operador de transportes públicos eram enormes, desde logo por disponibilizar uma frota de autocarros nova, moderna, tecnologicamente avançada e amiga do ambiente.
Seria expetável que de início se verificassem algumas dificuldades, mas a verdade é que continuam a subsistir falhas na prestação deste serviço (falta de informação aos utentes sobre horários, incumprimento de horários, significativos atrasos no funcionamento de vários percursos, …).
A título de exemplo, na carreira 4701, que faz o percurso entre Lisboa (Oriente) e Vale da Amoreira, no concelho da Moita, continuam a verificar-se falhas e deficiências na prestação do serviço, nomeadamente, quanto à frequência dos autocarros e ao incumprimento dos horários.
Por outro lado, e apesar de sucessivas promessas, nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, a rede da Carris Metropolitana ainda não está a funcionar a 100%, verificando-se que existem dezenas de linhas que continuam por operacionalizar.
Tendo em conta os problemas que se verificam sistematicamente, esta opção está a resultar em enormes prejuízos para as populações, que muitas vezes são obrigadas a recorrer a outras alternativas (comboio, táxi, …), o que acarreta despesas acrescidas nos orçamentos familiares, já de si fragilizados devido à crise económica que o país atravessa.
O administrador da Transportes Metropolitanos de Lisboa, empresa que gere a Carris Metropolitana, já admitiu que tem havido complicações, mas tardam soluções para os problemas que continuam a verificar-se.
Reconhecendo a importância desta opção da gestão pública em matéria de transportes coletivos na Área Metropolitana de Lisboa, uma via que permitiu reduzir significativamente o custo dos transportes, não podemos, porém, esquecer que os utentes da Carris Metropolitana têm direito a usufruir de um serviço público de transportes de qualidade. Por isso, urge encontrar soluções, que passam pela aplicação de medidas concretas com vista à urgente normalização do sistema de transportes públicos rodoviários nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal, Almada, Seixal e Sesimbra.
No que concerne a uma oferta credível de transporte público rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa, o sinal continua amarelo … Até quando?

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