29 Junho 2024, Sábado

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Escolas da Moita param durante a manhã mas acolhem alunos

Escolas da Moita param durante a manhã mas acolhem alunos

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Escola Secundária da Moita|Marcha de protesto no Seixal

Estabelecimentos de ensino têm funcionado com alguma normalidade no que toca ao panorama geral do sector de ensino

 

A Escola Secundária da Moita e a Escola Secundária da Baixa da Banheira, em pleno cenário de greve e luta sindical da comunidade educativa por todo o país, estiveram abertas, esta quarta-feira, com muitas aulas a serem suspensas devido a reuniões e a greves de docentes durante a manhã.

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Ao que um professor da Escola Secundária da Moita explicou a O SETUBALENSE as greves e os movimentos de reivindicações dos professores “têm tido palco no primeiro tempo da manhã”, sendo que durante o resto do dia o estabelecimento de ensino “passa a funcionar na normalidade”.

Já na Escola Secundária da Baixa da Banheira decorreu, entre as 10h00 e o 12h30, existiu um plenário sindical que deixou a maioria dos alunos da instituição sem aulas. Mesmo neste cenário, centenas de estudantes encontravam-se dentro das imediações escolares, facto que uma professora mencionou, a O SETUBALENSE, ser uma “missão social por parte da escola” em tentar que os jovens fiquem no ambiente escolar, “onde estão vigiados e têm acesso a refeições”, de modo a retirar o maior número possível de adolescentes “das ruas”.

Escola Secundária da Baixa da Banheira

Uns metros ao lado, a Escola Básica do Vale da Amoreira também sentiu as ações de greves do setor de ensino, com os professores desta escola a terem participado na reunião sindical realizada no estabelecimento de ensino secundário da Baixa da Banheira. “Nós fazemos greve nos períodos da manhã e como a escola só tem horário até às 15h00 acaba por ficar fechada o dia todo. A maioria dos pais quando veem os portões fechados, levam os filhos de volta para casa”, revelou uma professora da escola básica a O SETUBALENSE.

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Apesar de a causa ser comum a todo a comunidade educativa, O SETUBALENSE apurou que no concelho da Moita o funcionamento das escolas tem estado a decorrer com alguma normalidade, comparativamente aos casos de encerramentos de estabelecimentos de ensino nos concelhos do Montijo, Palmela e Setúbal, onde os movimentos fazem-se sentir com mais força.

 

Comunidade educativa do Seixal marcha pelas ruas em defesa da carreira dos professores

 

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Ao contrário da passividade vivida na Moita, professores, técnicos operacionais, alunos e encarregados de educação da Escola Básica António Augusto do Seixal puseram-se em marcha, na manhã desta quarta-feira, até às portas da autarquia local.

Durante o movimento, que contou com a presença de dezenas de membros da comunidade educativa, puderam-se ouvir várias frases e lemas de luta à medida que outras escolas do município se juntavam ao protesto. Quando chegaram à Câmara Municipal do Seixal estavam presentes oito agrupamentos de escolas de vários níveis de ensino do concelho, juntos pela mesma causa.

Marcha de protesto no Seixal

Manuela Castelo, professora do 1.º ciclo do ensino básico, explicou à Agência Lusa que esta ação surge na defesa da profissão de professor, trabalho que abraça há 25 anos, num nível de ensino que considera ser “determinante”. A mesma docente ainda alertou e avisou que a escola pública “está em perigo e a ficar cada vez mais doente”, já que os professores “não têm ninguém que os defenda”.

Paulo Silva, presidente da autarquia do Seixal, perante a comunidade educativa, mencionou que os professores ao lutarem e reivindicarem direitos “também estão a ensinar”, pois na escola “também se ensinam ideias”. Em declarações à Lusa, Paulo Silva revelou que a Câmara Municipal do Seixal está “solidária com a justa luta dos professores” e com a “defesa da escola pública e de um ensino de qualidade para os estudantes”.

“Os professores do concelho do Seixal deram um grande exemplo de cidadania e estão a demonstrar a sua união”, frisou o autarca. O Edil ainda aproveitou o momento para dar destaque à “necessidade de requalificação” de todo o parque escolar, já que “todas as escolas têm mais de 30 anos e precisam de obras”.

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