Protesto reforça greve que se realiza desde 6 de Janeiro e sem previsão para terminar
A comunidade educativa da Escola Secundária de Palmela uniu-se, esta sexta-feira, numa marcha lenta pela educação com destino à Câmara Municipal de Palmela, para demonstrarem o “descontentamento e a revolta” sentida pelos profissionais do sector do ensino.
José Seabra, professor de filosofia e porta-voz do movimento, explicou a O SETUBALENSE que “em plenário” chegou-se à conclusão de que “professores, funcionários e até psicólogos se queixam do mesmo problema”. Criaram, para permitir a participação de toda a comunidade educativa, principalmente dos assistentes operacionais, um “fundo comunitário” comparticipado pelos professores, para que a luta fosse acessível e comum a todos e para que “se pudesse encerrar a escola”.
“Uma das queixas que nós temos tem a ver com aquilo a que se chama municipalização”, justificou o professor quanto ao destino do protesto, sem, antes disso, não deixar de “mencionar o problema de fundo que existe a nível de recursos humanos”, a acrescentar à estagnação da progressão de carreira, que traz, também “pouca atractividade” à profissão.
Foram recebidos pelo presidente do Município, Álvaro Amaro, que se mostrou sensibilizado pela iniciativa e consciente de que este movimento está a ser sentido fortemente por toda a comunidade em geral.
Desde o dia 6 de Janeiro que a Secundária de Palmela se encontra em greve, com os professores a comparecem no estabelecimento, mas sem leccionarem, deixando mais de mil alunos sem aulas. Não há, até ao momento, soube O SETUBALENSE, previsão de quando terminará esta greve.